Quando o uso da máscara uniformizava e favorecia tanta gente da nossa praça, eis que foi introduzido um tema algo esquizofrénico, tanto na forma como no conteúdo: o bâton vermelho.
Efetivamente
o uso da máscara como que tornou tantas pessoas menos feias, pois as feições
escondidas, de algum modo fizeram com que não se visse o que destoava,
inclusive fez com que certos adornos – essencialmente – femininos não
precisassem de ser cuidados, poupando tempo e dinheiro. Por isso, uma tirada –
dizem que foi algo ofensiva – de um candidato presidencial sobre uma outra
concorrente fez com que a máscara caísse e o tal bâton vermelho emergisse como
fator de tema político-cultural.
Fique
claro: do pronunciador não comungo da maior parte das ideias, tão pouco das
invetivas da pronunciada, mas sobretudo fico preocupado com a baixeza – de
nível e de categoria – intelectual da maioria dos contendores. Se é deste modo
que querem um futuro saudável para o nosso país, então, mais vale fechar para
saldos e venha construir quem seja capaz de saber mandar e de ser obedecido.
Não será uma revelação de falta de ideias, este ‘fait divers’ de faz-de-conta à
portuguesa? Ou será esta uma forma de recriarem, na rua, uma nova forma de
revista comediante?
Por
favor coloquem corretamente as máscaras e deixem-se de brincadeiras quase-infantis,
pois o ‘show must go on’!
António Sílvio Couto
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