Partilha de perspectivas... tanto quanto atualizadas.



sexta-feira, 27 de julho de 2012

Trabalhar ‘só’ a partir dos 18 anos!...

Com o prolongamento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano, as escolas passarão a ter ‘obrigatoriamente’ alunos com uma espécie de mínimo etário com dezoito anos. Deste modo, segundo a opinião do Conselho nacional de educação (CNE), deverá ser ajustada também a idade legal de acesso ao trabalho, que era, anteriormente, de dezasseis anos, passando a ter aquela idade (18) como referência.

Numa ‘sapiente leitura’ deste alargamento de tempo em escolaridade, o CNE alerta para a necessidade de que haja condições em ordem a receber um grupo ‘mais heterogéneo’ de estudantes nas escolas – o leque etário será de mais de dez anos de diferença! – podendo surgir, no entendimento deste organismo oficial, um aumento do insucesso escolar e mesmo de indisciplina e absentismo.

Que seja necessário dar mais tempo aos jovens para crescerem na sua escolarização não temos dúvida, mas fazer depender deste tempo de andar na escola – podendo ir até aos dezoito anos – a impossibilidade de entrar no mundo do trabalho parece-nos, no mínimo ridículo ou mesmo abusivo.

- Quem irá fazer adquirir hábitos de trabalho – segundo as suas capacidades – a pessoas habituadas à preguiça, senão militante pelo menos tolerada?

- Quem irá fazer vergar ao trabalho, que custa e exige sacrifício, quem terá podido viver na letargia de uns pais complacentes com o deixar andar sem responsabilidades no custo da vida ou de um Estado conivente com o viver do trabalho alheio?

- Quem fará gostar de ganhar a vida participando nas conquistas, quando poderá exigir que lhe sustentem os vícios – legais, ilícitos ou até criminosos – com mezinhas de estudar sem gosto, arrastando-se pelos recreios das escolas ou gastando os fundilhos em cafés e salas de diversão nas imediações dos estabelecimentos escolares?

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Dá a impressão que esta decisão de estender a escolarização obrigatória até ao 12.º ano com o impedimento de poder trabalhar quem o desejar dentro desse quadro etário não teve em conta o país real em que vivemos, mas só lê as coisas do esconso do seu gabinete. Talvez se pretenda fazer baixar o desemprego entre os mais novos ‘ocupando-os’ com a escola e, assim, daremos uma boa impressão... maquilhando a realidade e iludindo os incautos.

Se formos ver alguns dos grandes empresários/patrões deste país, pelo menos em certas épocas da nossa história e em regiões menos favorecidas, perceberemos que foram, sobretudo, homens (menos casos de mulheres) que começaram a trabalhar muito cedo – título ‘self made man’ – e foram gerando pequenas riquezas à custa de sangue, suor e lágrimas, que investiram em favor de outros... dando-lhes sustento e salário.

Muitos dos bem-falantes e escolarizados de certas cidades e capitais de interesses não passaram de oportunistas cujo sucesso se antepôs ao trabalho não pelo mérito mas pelo favorecimento partidário, lóbi autárquico ou gabinete corporativo.

Não deixa de ser significativo que poucos ou nenhuns senhores do sindicalismo tenham feito alguma empresa – mínima ou de média capacidade – para darem o pão a ganhar a outros. Pelo contrário, muitas empresas feitas com sacrifício foram vilipendiadas por reivindicações, por exigências e por tropelias da mais diversa índole... deixando milhares no desemprego, à fome e rezingando contra quem os terá iludido... com promessas vãs e sonhos inúteis.

Parece ter chegado a hora de acordar de tantas mentiras! Parece que temos de abrir os olhos sobre quem nos defende ou se defende! Parece que já não há dúvidas sobre quem está interessado em fazer o país avançar sem ser sobre os calos alheios! Somos um país digno ou pretendemos continuar a ser uma espécie de preguiçosos em casa e trabalhadores só no estrangeiro?



 António Sílvio Couto



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Um país em várias velocidades!...


Desde o último fim-de-semana de maio e até finais de setembro temos diversos festivais de música, espalhados por várias regiões – alternando ao sul e ao norte do Tejo, em volta de Lisboa e nos arredores do Porto, mais ou menos publicitados, com preços, normalmente elevados, quase sempre cheios de gente bem (dis)posta e com arremedos de bem-falantes e melhores pagantes...

Por outro lado, dizem que estamos – é verdade, embora só para uns quantos! – em crise e sobre ela, com ela e por ela se fazem manifestações – usando talvez desempregados ou funcionários da estrutura de protesto! – tanto sindicais como profissionais, usando a contestação como arma de  arremesso, com recurso até a impropérios e gestos ofensivos da integridade física e moral dos contendores... sobretudo se forem autoridade.

Perante a disparidade de iniciativas fica-me a sensação que algo não está totalmente contado e parece que vivemos num país com vários ritmos de promoção, não se sabendo onde se coloca o nosso interlocutor, seja ele direto e presencial, seja à distância e virtual.

= Num país de festas e romarias, festivais e foguetório

Apesar de apelidarem este tempo de ‘crise’ continuamos a ter as nossas festas com mais ou menos solenidade – tanto social como religiosa – transbordando de tiques de vaidade e, nalguns casos, com bairrismos obsoletos. Ninguém quer dar parte de fraco e espreme-se o povo até que ele não possa dar mais... É claro que se verifica uma certa contenção nos gastos, pois o que há anos era feito por mil agora foi reduzido para quinhentos... e tudo rola com igual ‘qualidade’ de serviço e de apreço. Será que antes não se estaria a exagerar nos ganhos ou será que se faziam os preços tendo em conta o bolso e/ou a vaidade dos promotores?

- Nota-se uma certa viragem nas entidades festejadas: se antes eram os santos e os recursos eram de índole cultural mais ou menos cristã, ao menos na casca ou no verniz, agora os festejados são mais de natureza transversal, numa mística hedonista e com laivos de neo-paganismo, senão nas ideias pelo menos na prática.

- Os ritos desta nova vaga de diversão ultrapassam as meras fronteiras do país e fazem-se espetáculos onde música, letra, cor e envolvência ecológica desencadeiam os (mais) profundos instintos em ordem a criar-se um ambiente de descompressão psicológica...

Não é por acaso que álcool, drogas e sexo andam conexos em muitas destas manifestações ‘culturais’, pois na medida em que se libertam (alguns) dos medos, melhor se conseguirá atingir a naturalidade das pessoas. Água, sol, pó e luz – note-se como que estes arquétipos heraclianos! – quase se conjugam nesta refundação de tantos dos nossos contemporâneos... ávidos de sensações mais ou menos epicuristas.

- Aliados a estes momentos estão, normalmente, outros ingredientes de comida (muita) e de bebida (bastante) para que possa o povo divertir-se e conviver. Criam-se, deste modo, variados condimentos de tonalidade interessante, mas que, por vezes, escondem outras lacunas de bem-estar mal resolvido, dando-se oportunidade para compensações que têm de ser bem geridas... pessoal e socialmente.

Como povo em festa temos de saber estar sem ofender os que mais precisam e não têm o essencial para a sua sobrevivência no dia a dia... A crise dá fome e esta cria revolta!

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Diante de certos papagaios bem-falantes, gostaríamos de desafiá-los a virem para o meio do povo real e não só a estarem com os da sua coloração – partidária, ideológica ou sensitiva – para sentirem as suas alegrias e tristezas, as amarguras e anseios, deixando-se de atoardas de gabinete ou de leituras para quem vai de visita... pois o mundo não gira só em redor dos seus umbigos nem têm sempre razão ao pregarem do seu pedestal carcomido de caruncho embora envernizado! Coerência a quanto obrigas!


António Sílvio Couto

domingo, 15 de julho de 2012

Esperando sinais de não-austeridade

Massacrados com medidas de austeridade – resultado do destempero de governos anteriores e inseridos numa mentalidade social gastadora – parece que não vemos chegar a hora das boas notícias...
Encurralados por díspares atitudes de empregadores, de sindicalistas, de trabalhadores e mesmo de políticos, parece que não vivemos no mesmo país ou, pelo menos, não estamos ao mesmo ritmo psicológico e até cultural...

Baralhados pelas propostas de solução, onde cada qual se reveste dos objetivos que mais lhe interessa, nem que seja confundindo as turbas para tirar proveito do mal-estar...

Colocados mais ao sabor do imediato, numa sensação de que o momento presente pouco parece ter com as boas ou as más opções do passado, parecendo pode inferir-se que o futuro poderá ser melhor por arte e engenho de algum demiurgo....

Estão, no entanto, a ser dados indícios (reais ou virtuais) para a inversão do discurso da austeridade, criando, por outro lado, outros clichés mais ou menos populistas, como empreendedorismo, recuperação económica, mudança de atitude, sair do desemprego, mobilizar as forças positivas, semear esperanças... Onde e quando?

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Estando a viver uma época de (dita) crise, que tem tanto de cultural e moral como de económica ou social, onde muitas das certezas foram colocadas em causa pelos efeitos nas faixas mais vulneráveis – é preciso dizer, de fato,  ‘pobres’! – da população pelo desemprego, nas tensões sociais, na precariedade na saúde e na segurança... importa mais do que fazer um diagnóstico exaustivo dos sinais negativos que, por seu turno, possamos encontrar desafios ousados e sensatos, sérios e simples, serenos e superiormente capazes de envolver o maior número de cidadãos conscientes e mesmo de cristãos comprometidos.

- Sistema de poupança – mais que tentar impor um certo regime de poupança, aferindo as necessidades de consumir às possibilidades ponderadas do ter, importa que saibamos aprender a viver com o essencial e não só  maledizendo quem nos possa ter obrigado a reduzir ao mínimo aquilo que deveria ter sido opção de vida.

- Trabalho e não só emprego – após um tempo de faz-de-conta que ganha dinheiro sem trabalhar, temos de aprender a agradecer o dom do trabalho, que é muito mais do que o ganha-pão (pessoal ou da família) para ser, verdadeiramente, um projeto de realização humana, cultural e psicológica.

- Harmonia social e política – num certo clima de azedume, de crispação e mesmo de confronto, tanto nas relações humanas como sociais – vejam-se nas notícias as facetas de negatividade com que fomos bombardeados diariamente – é urgente favorecer sinais e fatos de boa convivência – que é muito mais do que paz podre! – tanto na vizinhança como nos vários estratos da sociedade... portuguesa e até europeia.

- Justiça pela caridade – citando esta frase de Santo Agostinho, gostaríamos de ir fazendo uma constante descoberta destes conceitos (humanos e, sobretudo, cristãos) para que se dê ao outro o que ele merece, por justiça, e se lhe faculte o que ele precisa, por caridade. De pouco basta fazer do Estado, o pai previdente, se não se acredita e se coloca na vida em Deus, o Pai providente. Um certo estatismo tem feito crescer muita preguiça, gerando uns certos paladinos do dito ‘Estado social’, que mais não é do que uma capa para nada fazer se não for na linha da ideologia... reinante, isto é, laica, republicana e agnóstica.



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Agora que já sabemos (quase) tudo sobre a austeridade, importa criar laços de fraternidade em que o bem comum seja mais do que uma treta de circunstância nem discurso heróico em colóquios sobre os 50 anos do Concílio Vaticano II. Temos de voltar a aprender a radicalidade do Evangelho ou tornar-nos-emos, cristamente falando, dinossaúrios de uma promessa com mais de vinte séculos... para realizar.

   

António Sílvio Couto

sábado, 7 de julho de 2012

Combatendo o síndrome da negatividade

Permanentemente somos inundados por notícias negativas. Poucos dão boas notícias. Aquelas sobrepujam-se a estas. Vivemos numa espécie de síndrome de negatividade. Com mais facilidade se acredita numa possível derrota do que numa ténue vitória.

A comunicação na sociedade – escrita, falada, visionada... pessoal ou intercomunicada – vai criando um ambiente onde é mais fácil acreditar na morte de alguém do que no seu sucesso. Quantas vezes nos deixámos influenciar mais por aquilo que dizem mal – real ou inventado – do que por aquilo que é dito de bem! Quantas vezes vemos regozijar com o mau desempenho do que com as vitórias... mesmo que pequenas! Quantas vezes nos alegramos mais com o mal dos outros do que com o bom-sucesso!

Dá a impressão que nos deixámos mais tomar pelo mau-olhado do que pelo bom-olhar. Vivemos numa espécie de cultura onde o negativo faz mais fulgor e consegue mais influência do que a dimensão positiva. As cores escuras ganham – mesmo em época de calor – às cores mais claras. Vamos criando um ambiente quase funesto... onde, com mais facilidade o espírito do mal tem campo de atuação propício para ganhar ascendente... sobre nós e à nossa volta.

  Breves apontamentos para irmos combatendo a negatividade

- Que os ‘nossos’ políticos falem (sempre e só) a verdade sobre a situação do país e que não tentem explorar o mau desempenho dos outros para (meramente) se promoverem com as derrotas alheias;

- Que os trabalhadores não desdenhem dos empregadores, mas que tentem construir empresas de sucesso, pois este só aparece antes de trabalho no dicionário;

- Que os mais novos apreciem o que os mais velhos lhes dão, cuidando de que possam usufruir com qualidade aquilo que lhes tem sido dado com sacrifício;

- Que os fazedores de opinião não tentem absolutizar leituras relativas, muitas delas ao sabor da ideologia, mas que façam os outros pensar pela sua cabeça, tendo também opinião favorável para com todos;

- Que os promotores do desporto – que é muito mais do que o futebol! – não tentem ganhar, ludibriando os adversários, mas antes sejam dignos das vitórias conseguidas com justiça e em verdade desportiva;

- Que os profissionais da saúde, dos transportes, da justiça, da educação, da segurança social... não olhem só aos seus interesses quando os defendem, através da greve ou de outra forma de luta, mas atendam a que a sua razão de ser está em função daqueles a quem servem e lhes pagam, indiretamente, os ordenados – nalguns casos chorudos – que auferem;

- Que as igrejas (tradicionais ou outras) e os seus ministros sejam dignos da confiança dos fiéis, que, através deles, procuram a aproximação ao divino, permitindo um amadurecimento espiritual e de esperança em Deus e para com os humanos;

- Que certos responsáveis – sobretudo purpurados e/ou afins – na Igreja católica, pelas posições que tomam, publicamente, mais não pareçam estar aproximados e/ou seduzidos por certos ritos do avental do que pela lógica do serviço humilde do Evangelho aos outros, fazendo a paz e não criando a dissensão social, eclesial e política.

Acreditando que o combate ao síndrome de negatividade começa, prioritarimente, no íntimo de cada um de nós, cremos que será abrindo-nos à confiança uns nos outros e de todos em Deus que conseguiremos fazer uma sociedade mais fraterna, mais solidária porque mais cristã, verdadeiramente!



António Sílvio Couto

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Apupos e assobios... contra o Presidente da República


Nas mais recentes deslocações do Presidente da República – Póvoa de Varzim, Guimarães, Castro d’Aire, etc. – verificaram-se algumas manifestações de descontentamento para com a figura do atual inquilino do Palácio de Belém. Os motivos de tais apupos e assobios andam – ao que (trans)parece – ligados mais a motivos sindicalistas e a contestações ao pagamento de portagens e coisas afins.

Valerá a pena recordar que os três símbolos na Nação Portuguesa – segundo a constituição: artigo 11.º – são o hino, a bandeira e o Chefe de Estado ou Presidente da República.

Se os dois primeiros têm andado em destaque de alta, particularmente, por razões desportivas, com o futebol à testa, o último, pelo que temos podido perceber é alvo de destaque em baixa... ao que se pode perceber por motivos ideológicos menos claros, por agora.

= Presidente de todos ou para todos... os portugueses?

Houve um candidato à presidência da República que, quando foi eleito, se fez aclamar ‘presidente de todos os portugueses’, mesmo daqueles que não tinham votado nele. Ora esta expressão tem tanto de demagógico, quanto de incorreto, pois o eleito – salvo em razão de unanimidade, o que não foi nem é o caso, ou estaríamos em ditadura de candidato único – tem sempre opositores e, por isso, não recolheu todos os votos; portanto não é ‘presidente de todos’, mas deverá ser ‘presidente para todos’, isto é, sem preveligiar os seus apaniguados nem os da sua simpatia ideologógica ou mesmo política.

Ora que temos visto, sobretudo, nos tempos mais recentes é que há fações que, não se revendo – política, económica ou sociologicamente – no atual Chefe de Estado/Presidente da República se dão ao trabalho – ou será ao crime? – de ofender um dos símbolos da Nação e com isso poderem incorrer em ofensa à Pátria.

Perante certo aparato contestatário – muitas vezes com umas dezenas de manifestantes... arregimentados por forças de quem ‘está sempre no contra’ – fica-nos a sensação de que são sempre os mesmos e que rodam para parecem bastantes. Talvez se devesse ver melhor a cara dos que por lá andam e teríamos outras certezas, descobrindo subterrâneas finalidades!... Talvez as autoridades devessem exercer mais as suas competências, identificando que profere palavras ofensivas à função – que não meramente a pessoa do dignitário – do Chefe de Estado/Presidente da República!... Se todos têm direito e liberdade a dizer o que querem também devem ser responsabilizados nas suas ações e comportamentos.

= Quando uma certa cobardia parece compensar!

Vivemos um tempo ávido de respostas um tanto imediatistas, onde a defesa dos interesses (pessoais, grupais ou de classe) como que se evidenciam por sobre uma outra visão em favor dos demais. De fato, algumas das manifestações sindicalistas, de contestação, de desempregados (ativos ou meramente passivos) ou de associações sectoriais nem sempre parecem ter em conta o necessário interesse comum e/ou coletivo. Com efeito, certas promoções em favor de uns quase revertem em favor de minorias, sejam elas as já habituais e quase institucionalizadas – onde algumas agremiações partidárias se acoitam – sejam as que aproveitam a onda contestatária contra tudo e em oposição a (quase) todos...

Quando o país precisa de fatores de unidade, não podemos continuar a tolerar a arrogância de certas forças que vivem (quase sempre) na retanca e no deita-abaixo, criando a sensação de tudo está perdido e como que favorecendo a discordância antes de que a harmonia numa certa perspetiva de futuro menos duro e crispado.


Basta de dogmatismo e de impunidade! Basta duns tantos intocáveis e de outros senhores da democracia – desde que seja a sua – votando ao ostracismo quem não pensa nem age como eles! Tendo na devida conta os intérpretes de cada fase da história, neste tempo que é o nosso, precisamos de líderes com visão e de cidadãos comprometidos na construção do amanhã de esperança e em confiança!...


António Sílvio Couto