Muito
honestamente: pouco me importa qual seja (ou possa ser ou vir a convir) a
orientação sexual dos outros, mas incomoda-me sobremaneira – diria de forma
quase visceral – o espetáculo de certas forças pretensamente contestadas e/ou
saídas do armário e que têm conseguido impor a sua moda, mesmo sob a capa de
perseguidos, de menosprezados ou até de minoritários, diziam eles/elas…
A
façanha atingida por ocasião do campeonato europeu de futebol – de 11 de junho
a 11 de julho – foi um significativo sinal do poder do lóbi LGTBI+ – lésbicas,
gays, transexuais, bissexuais, intersexuais e outros sem definição – no quadro
social, cultural e quase desportivo no continente europeu.
1. Do silêncio de tantas das
estruturas ditas de referência podemos inferir que se nota uma consagração de um
certo comportamento mais ou menos generalizado no presente e para o futuro. Ao
encolher de ombros – símbolo da indiferença e da pasmaceira coletiva – dos
responsáveis políticos no Parlamento Europeu – palco de todas as modas e afins
– ficamos a saber que tanto vale isto como o seu contrário, desde que não se
destoe na onda anódina, amorfa e incolor… Não deixa de ser significativo que o
movimento LGTBI se tenha apropriado de um símbolo técnico-religioso – o
arco-íris – para o assumir como a sua bandeira, estandarte e título de promoção…
2. Parece que os que não são LGTBI
têm de pedir desculpa por serem diferentes deles, pois perderam capacidade de
dizer que são ‘normais’ na linguagem tradicional – atraídos pelo sexo oposto – e
como que se sentem incluídos na exclusão por não poderem ser tratados segundo
uma cultura judeo-cristã de longos séculos, que deram estabilidade, fecundidade
e população à Europa e ao mundo.
3. Do poder, da influência e da
capacidade de mobilização LBTBI já quase ninguém duvida por mais simplório que
seja ou se considere. Campos de intervenção como a comunicação social, a vida
artística (nos seus vários ramos e manifestações), um certo mundo económico
(ligado a dimensões exotérico-inovadoras), certas intervenções cívicas e em
projetos humanitários…onde os ‘seus’ são beneficiados, promovidos, reconhecidos
– ou usando ‘as’ nas formas que lhes interessarem…
4. A
insistência na ‘ideologia – essa sim camuflada de igualdade – de género’ é uma
das batalhas mais subliminares deste movimento LGTBI. Vai surtindo efeito a
imposição do termo e a inclusão da terminologia. A subtileza da linguagem
vai-se sobrepondo em muitos dos intervenientes públicos – os eles e as elas –
proferidos soam a condicionamento para quem não pense como tais promotores, que
mais não fazem do que não respeitarem quem pensa, fala ou atua de forma
diferente de tal igualitarismo ideológico.
5.
Citemos um documento da Conferência Episcopal Portuguesa, ‘A propósito da
ideologia de gênero’, de 2013: «Esta teoria parte da distinção entre sexo e
género, forçando a oposição entre natureza e cultura. O sexo assinala a
condição natural e biológica da diferença física entre homem e mulher. O género
baliza a construção histórico-cultural da identidade masculina e feminina. (…)
A ideologia do género considera que somos homens ou mulheres não na base da
dimensão biológica em que nascemos, mas nos tornamos tais de acordo com o
processo de socialização (da interiorização dos comportamentos, funções e
papéis que a sociedade e cultura nos distribui). Papéis que, para estas
teorias, são injustos e artificiais. Por conseguinte, o género deve sobrepor-se
ao sexo e a cultura deve impor-se à natureza».
6. A
psicologia da confusão perpassa muito deste movimento LGBTI, servindo-se de
figuras que lhe suportam as pretensões, manipulando alguns dos intérpretes nas
lides onde desenvolvem as suas tarefas, promovendo-os se os servem ou
estiolando as suas carreiras, se pensarem pelas suas cabeças e segundo os seus
valores de índole cristã… Às vezes até se nota alguma turbulência no campo
eclesiástico.
Disse o
que pensava e pensei, minimamente, aquilo que disse!
António Sílvio Couto
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