Indo às
intenções desejadas no final do ano passado para este ano prestes a finar-se,
podemos comparar.
A 2 de
janeiro deste ano escrevia que ‘para este ano de 2015 gostaria que pudessem
acontecer quatro grandes vivências (pessoais e testemunhais): verdade, perdão,
lealdade e bênção’.
Agora
decorridos todos estes dias, eis como avalio o que até este momento foi
registado:
- ‘A verdade serve, não se serve dos outros.
Pela verdade podemos andar de cabeça levantada e não tentar disfarçar até que
descubram os nossos erros’.
Há
circunstâncias em que a Verdade dói, denuncia e provoca. Quantas incidências
fazem com que a Verdade seja algo que nos inquieta, pois, se nos deixamos medir
pela Verdade de Jesus, estamos sempre em questionamento. Por isso, viver na
verdade é exigente e faz mossa na consciência acomodatícia e narcotizada pelas
influências mundanas.
Dá a
impressão que perdi – se é que alguma vez tive – ‘amigos’ por dizer e falar a
verdade…neste ano de 2015! Só na medida em que nos deixamos conduzir pela
Verdade é que seremos sinais de verdade.
De facto,
este ano de 2015, foi ritmado por atitudes de vingança marcantes: houve
atentados com dezenas de mortos; houve crimes e ofensas; houve retaliações e
pundonores agravados; houve insinuações e provocações; houve vítimas e réus…
Se há
caraterística que o ano de 2015 não teve foi a do perdão nem dado e tão pouco
recebido. Por isso, é que o próximo ‘ano jubilar da misericórdia’ é tão
fundamental nos tempos a viver…
- ‘Quando vemos a denúncia de
casos de traição e de pessoas que abusam da confiança, talvez tenhamos de ser
mais fomentadores de lealdade, começando pelos que nos são mais próximos’.
Ser leal
é coisa que não se inventa nem está em saldo. Com efeito, ser leal é algo que
gera confiança e sinceridade. Ora, nas relações pessoais e interpessoais estas
qualidades andam um tanto arredias do trato civilizacional. Com que facilidade
as pessoas mentem umas às outras e usam os outros em seu proveito e benefício…
de forma declarada ou mais subtil.
O cúmulo
desta deslealdade foi e é o do atual governo da Nação, pois quem perde apodera-se
do poder e faz-se passar por governante, embora incompetente e sem condições
para exercer as tarefas… Outrossim se dirá de muitos dos candidatos à
Presidência da República: de gralha em grelha…até à entronização final!
- ‘Não podemos continuar a sermos difusores da
maledicência, da intriga, do mau-olhado…sendo servos do mal’.
Como
seria diferente o nosso tempo e este mundo, se cada cristão fosse portador de
bênção ativa e atuante. Desgraçadamente passamos muito do tempo deste ano de
2015 a dizer mal uns dos outros, sem nada acrescentarmos de benfazejo e de útil
à nossa volta…
Já basta
de termos tantas pessoas – como dizia o Papa Bento XVI, em Fátima, quando aqui
esteve pela última vez – importantes e inúteis com mãos vazias de não fazerem
nada… nem mal nem bem! Com efeito, daquele podemos arrepender-nos e mudar o
modo de estar, deste poderemos crescer em prosseguir a melhorar…
= Até
agora quisemos fazer um balanço e um confronto com o que desejávamos para este
ano prestes a terminar. Em breve apresentaremos, se Deus quiser, os nossos
votos para o ano de 2016.
António
Sílvio Couto
Continuaremos a precisar de si como padre forte na nossa paróquia. Sabemos que tem muito para dar no campo da fé e de uma paróquia mais missionária para as crianças crescerem na Fé. Não peço mais nada do que a confiança em primeiro lugar para tudo. Ninguém é perfeito. Sabemos que Cristo na Eurarista é que está em primeiro lugar e o sacerdote como persona in Christie é o instrumento do Senhor que está no Altar. Bom ano novo.
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