Chegados a esta etapa do ano civil começam a surgir
sugestões para encontrar a ‘palavra do ano’. Inclusive por estes dias, a
entidade promotora da iniciativa em Portugal – ‘Porto editora’ – fez chegar um
convite para que possamos participar na indicação da ‘palavra do ano’ de 2019.
Fazendo jus à participação solicitada enviei como
palavra escolhida – ‘amazónia’.
Passo a explicar a razão desta sugestão.
Duas principais razões, que explicarei para esta
sugestão: os fogos lá ocorridos especialmente em agosto deste ano e mesmo o
sínodo dos bispos católicos, que aconteceu no passado mês de outubro, em Roma.
* A Amazónia inclui territórios
pertencentes a nove nações. A maioria das florestas está contida dentro do
Brasil, com 60% da floresta, seguida pelo Peru com 13% e com partes menores na
Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
A Amazónia tem cerca de seis milhões km². A Amazónia é atravessada por milhares de rios, entre eles o grandioso rio Amazonas. Entre as cidades ribeirinhas, com arquitetura do século XIX que data do início da exploração de borracha, destacam-se Manaus e Belém, no Brasil, e Iquitos e Puerto Maldonado, no Peru.
Na Amazónia brasileira vivem cerca de 23 milhões de pessoas, segundo o censo 2010, distribuídas em 775 municípios de nove estados...num conjunto de 80 etnias.
* Sobre a área ardida na Amazónia em 2019 (entre janeiro e agosto) foi maior do que em todo o ano de 2018, quando se cifrou em 43.171 km2. O mesmo se aplica aos anos de 2013 (36.009 km2 no total) e 2011 (40.557 km2 no total). Só no mês de agosto deste ano, ardeu, na Amazónia, o correspondente a 4,2 milhões de campos de futebol.
E nem as disputas entre forças ideológicas no Brasil e fora dele conseguem atenuar a gravidade do assunto não só para a região como para o resto do Planeta. É pena que se tente manipular algo que envolve todos pela mera usura de alguns...
* De 6 a 27 de outubro decorreu, no Vaticano, um sínodo especial dos bispos sobre a Amazónia, sob o título de ‘Amazónia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral’. Foram dias em que esta região do Planeta esteve em maior atenção (visibilidade, discussão e compromisso), envolvendo os vários níveis de análise, de intervenção e de desafios para o futuro. Talvez tenha sido pena que a discussão eclesial sobre a Amazónia se possa ter reduzido à possibilidade de virem a ser ordenados padres homens casados (cf. documento final do Sínodo, n.º 111), como foi afunilado por certa comunicação social... Há por lá muita mais vida do que estas questiúnculas ocidentais/europeias de quem troca a floresta pela árvore.
A Amazónia tem cerca de seis milhões km². A Amazónia é atravessada por milhares de rios, entre eles o grandioso rio Amazonas. Entre as cidades ribeirinhas, com arquitetura do século XIX que data do início da exploração de borracha, destacam-se Manaus e Belém, no Brasil, e Iquitos e Puerto Maldonado, no Peru.
Na Amazónia brasileira vivem cerca de 23 milhões de pessoas, segundo o censo 2010, distribuídas em 775 municípios de nove estados...num conjunto de 80 etnias.
* Sobre a área ardida na Amazónia em 2019 (entre janeiro e agosto) foi maior do que em todo o ano de 2018, quando se cifrou em 43.171 km2. O mesmo se aplica aos anos de 2013 (36.009 km2 no total) e 2011 (40.557 km2 no total). Só no mês de agosto deste ano, ardeu, na Amazónia, o correspondente a 4,2 milhões de campos de futebol.
E nem as disputas entre forças ideológicas no Brasil e fora dele conseguem atenuar a gravidade do assunto não só para a região como para o resto do Planeta. É pena que se tente manipular algo que envolve todos pela mera usura de alguns...
* De 6 a 27 de outubro decorreu, no Vaticano, um sínodo especial dos bispos sobre a Amazónia, sob o título de ‘Amazónia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral’. Foram dias em que esta região do Planeta esteve em maior atenção (visibilidade, discussão e compromisso), envolvendo os vários níveis de análise, de intervenção e de desafios para o futuro. Talvez tenha sido pena que a discussão eclesial sobre a Amazónia se possa ter reduzido à possibilidade de virem a ser ordenados padres homens casados (cf. documento final do Sínodo, n.º 111), como foi afunilado por certa comunicação social... Há por lá muita mais vida do que estas questiúnculas ocidentais/europeias de quem troca a floresta pela árvore.
Atendendo a estes dois itens sobre a Amazónia e dada
a dimensão cultural que o tema tomou, sobretudo, desde o verão, creio que seria
uma boa medida incluir a Amazónia como palavra deste ano de 2019.
Aqui fica uma sugestão…
António Sílvio Couto
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