A
celebração de Nossa Senhora da Conceição – ou melhor da Imaculada conceição de
Nossa Senhora – é considerada uma das vivências mais essenciais, desde tempos
muito recuados, da fé católica em Portugal. Nossa Senhora da Conceição é
considerada mesmo a padroeira principal do nosso país.
Vejamos,
então, etapas desta caminhada ao longo da nossa afirmação de nacionalidade.
Em vários momentos e com diversos intervenientes a devoção Nossa Senhora foi marcante dos nossos reis: desde D. Afonso Henriques, que teve por Santa Maria de Braga uma especial devoção; D. Nuno Álvares Pereira e D. João I manifestaram particular a Nossa Senhora pela vitória conseguida em Aljubarrota, mas foi efetiva e afetivamente com D. Nuno, Condestável do Reino, muito devoto da Virgem Santa Maria, que, segundo ele, respondeu às suas preces em Valverde, Atoleiros e Aljubarrota, deu-se algo que teve a ver com a incrementação da devoção a Nossa Senhora da Conceição, foi ele quem mandou construir a Igreja de N. ª Sr. ª da Conceição de Vila Viçosa e encomendou, para o efeito, em Inglaterra, a imagem de Nossa Senhora da Conceição. A S. Nuno se deve a renovação de uma antiga Confraria de Vila Viçosa, existente pelo menos desde 1349 e por si consagrada a Nossa Senhora da Conceição, que ainda hoje subsiste, a “Régia Confraria de Nossa Senhora da Conceição”.
Ora, nos séculos XVI e XVII, a doutrina da Imaculada Conceição obteve maravilhoso desenvolvimento, pois universidades, ordens religiosas, clero e outros fiéis lançaram-se ardorosamente na defesa desta prerrogativa mariana.
Foi, sobretudo, após a Restauração de 1640, com D. João IV, que se verifica um grande impulso na devoção à Senhora da Conceição, por todo o país. Por provisão de 25 de Março de 1646, D. João IV, “proclamou solenemente “tomar por padroeira de nossos Reinos e Senhorios a Santíssima Virgem Nossa Senhora da Conceição… confessando defender que Mãe de Deus foi concebida sem pecado original”. Por esta proclamação a Virgem Imaculada era constituída e declarada, por todos os poderes da Nação, Senhora e Rainha de Portugal, a verdadeira soberana do país…Desde que Nossa Senhora da Conceição é Padroeira de Portugal, os nossos monarcas, nunca mais colocaram a coroa na cabeça (pois isso equivaleria a usurpar um direito que pertence a Nossa Senhora) e apenas em ocasiões solenes, a coroa era posta sobre uma almofada, ao seu lado direito.
Desde o ano de 1654 o reitor, lentes, doutores e mestres da Universidade de Coimbra passaram a usar a fórmula do juramento, que começava pela declaração de «defender sempre e em toda a parte que a Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, [que] foi concebida sem a mancha do pecado original». E até 1910 o cumprimento de tal juramento era condição para se obter qualquer grau universitário…
Em vários momentos e com diversos intervenientes a devoção Nossa Senhora foi marcante dos nossos reis: desde D. Afonso Henriques, que teve por Santa Maria de Braga uma especial devoção; D. Nuno Álvares Pereira e D. João I manifestaram particular a Nossa Senhora pela vitória conseguida em Aljubarrota, mas foi efetiva e afetivamente com D. Nuno, Condestável do Reino, muito devoto da Virgem Santa Maria, que, segundo ele, respondeu às suas preces em Valverde, Atoleiros e Aljubarrota, deu-se algo que teve a ver com a incrementação da devoção a Nossa Senhora da Conceição, foi ele quem mandou construir a Igreja de N. ª Sr. ª da Conceição de Vila Viçosa e encomendou, para o efeito, em Inglaterra, a imagem de Nossa Senhora da Conceição. A S. Nuno se deve a renovação de uma antiga Confraria de Vila Viçosa, existente pelo menos desde 1349 e por si consagrada a Nossa Senhora da Conceição, que ainda hoje subsiste, a “Régia Confraria de Nossa Senhora da Conceição”.
Ora, nos séculos XVI e XVII, a doutrina da Imaculada Conceição obteve maravilhoso desenvolvimento, pois universidades, ordens religiosas, clero e outros fiéis lançaram-se ardorosamente na defesa desta prerrogativa mariana.
Foi, sobretudo, após a Restauração de 1640, com D. João IV, que se verifica um grande impulso na devoção à Senhora da Conceição, por todo o país. Por provisão de 25 de Março de 1646, D. João IV, “proclamou solenemente “tomar por padroeira de nossos Reinos e Senhorios a Santíssima Virgem Nossa Senhora da Conceição… confessando defender que Mãe de Deus foi concebida sem pecado original”. Por esta proclamação a Virgem Imaculada era constituída e declarada, por todos os poderes da Nação, Senhora e Rainha de Portugal, a verdadeira soberana do país…Desde que Nossa Senhora da Conceição é Padroeira de Portugal, os nossos monarcas, nunca mais colocaram a coroa na cabeça (pois isso equivaleria a usurpar um direito que pertence a Nossa Senhora) e apenas em ocasiões solenes, a coroa era posta sobre uma almofada, ao seu lado direito.
Desde o ano de 1654 o reitor, lentes, doutores e mestres da Universidade de Coimbra passaram a usar a fórmula do juramento, que começava pela declaração de «defender sempre e em toda a parte que a Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, [que] foi concebida sem a mancha do pecado original». E até 1910 o cumprimento de tal juramento era condição para se obter qualquer grau universitário…
A doutrina católica sobre a
Imaculada Conceição
A 8 de
dezembro de 1854 o Papa Pio IX declarava dogma de fé a doutrina que ensinava
ter sido a Mãe de Deus concebida sem mancha por um especial privilégio divino.
Na Bula “Ineffabilis Deus”, o Papa diz: «Nós declaramos, decretamos e definimos
que a doutrina segundo a qual, por uma graça e um especial privilégio de Deus
Todo Poderoso e em virtude dos méritos de Jesus Cristo, salvador do género
humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado
original no primeiro instante de sua conceição, foi revelada por Deus e deve,
por conseguinte, ser acreditada firme e constantemente por todos os fiéis».
Recordemos,
em síntese, a oração coleta da solenidade da Imaculada Conceição:’Senhor nosso
Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparaste para o Vosso
Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a
preservastes da toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de
chegarmos purificados junto de Vós’.
A
solenidade da Imaculada Conceição é uma celebração das origens…assim a vivamos
de forma única e original.
António Sílvio Couto
Sem comentários:
Enviar um comentário