Numa
consulta na internet sobre figuras do Natal foi notório que, para muita gente,
o Natal não inclui a celebração de Jesus.
Há cores - sobretudo vermelho, dourado, azul - imagens, sugestões e adereços em que nada se refere ao festejado, que é Jesus.
Na caminhada do Advento deste ano quisemos, na Moita, responder à pergunta - Jesus tem espaço na minha família? Deste modo houve a intenção de ir criando condições ao acolhimento d’ O festejado mesmo no espaço da família, tanto ao nível da casa (edifício, ramo de consanguinidade ou de descendência) como da parte das pessoas – avós, pais, filhos e outros – que nela vivem.
Há cores - sobretudo vermelho, dourado, azul - imagens, sugestões e adereços em que nada se refere ao festejado, que é Jesus.
Na caminhada do Advento deste ano quisemos, na Moita, responder à pergunta - Jesus tem espaço na minha família? Deste modo houve a intenção de ir criando condições ao acolhimento d’ O festejado mesmo no espaço da família, tanto ao nível da casa (edifício, ramo de consanguinidade ou de descendência) como da parte das pessoas – avós, pais, filhos e outros – que nela vivem.
= De
facto, temos vindo a constatar um progressivo processo de materialismo sobre o
conceito, a vivência, a difusão e a realização do Natal. Agora que o caudilho
cubano morreu, foi noticiado com maior atenção a reintrodução do feriado do
Natal naquela ‘ilha da liberdade’… aí onde nem havia possibilidade de gozar o
não-trabalho por ocasião daquela data tão festejada noutras partes do mundo.
Por cá o gozo do feriado – este ano até acontece ao domingo – ainda está em
vigor, mas cada qual usa-o para o que lhe dá proveito e não para celebrar digna
e atentamente a data comemorativa do nascimento de Jesus. Até muitos dos (ditos)
cristãos nesse dia estão mais voltados para si mesmos, de forma egoísta,
usufruindo das regalias da festa, mas não contribuindo com quase nada para
dignificar a celebração duma data como significativa de vivência em
fraternidade e de comunhão com quantos festejam Jesus… sobretudo em
perseguição.
= Um
novo e galopante ‘ismo’ – consumismo
– faz os rituais do seu culto, criando em muitas pessoas a sensação de que
somos mesmo e só matéria e, como não conhecemos outros prazeres, vamo-nos
alimentando daquilo que bem depressa se esgota e rapidamente se transforma em
lixo...Que ficará na manhã seguinte da celebração do nosso Natal? Como ficaria
cada um de nós, se do seu aniversário, só recordassem o papel de embrulho e
umas quantas coisas descartáveis e expelidas, posteriormente, como excremento?
Se nós, humanos, poderemos ficar ofendidos com tal memória, o que não ofenderá
Jesus, se a tal reduzirmos a vivência do Natal!...
= O
recurso aos presentes/prendas faz, nesta época, o seu aparecimento com maior furor,
o que provoca maior frenesi no comércio e nas superfícies (pequenas, médias ou
grandes) de compras e de comercialização. Ora, segundo dados já do início de
dezembro, a média estimada de gastos por família, em Portugal, este ano, é de
360 euros… tendo como produtos mais adquiridos chocolates, roupa/calçado e
livros…
Se isto
nos pode servir de análise aos interesses/necessidades/pretensões das pessoas e
aos custos investidos, teremos de considerar que os valores (económicos) em
causa ficam muito aquém do que noutros países é gasto… mas cada um faz o que
pode e o que lhe é possível e/ou suficiente…
Não
podemos incluir o Natal na lista dos acontecimentos de nostalgia, com que
tantas vezes parece que recordamos o Natal. Tal vivência fez a sua história na
nossa historicidade, mas não podemos configurar a celebração atual do Natal com
tais arquétipos ou com clichés infantis… Viver o Natal sempre exigiu aferição
ao Festejado, dando-lhe oportunidade para se encontrar connosco mesmos e tendo
em conta os valores espirituais que nos norteiam… Quanto ao resto, os adereços
não são mais importantes do que as figuras centrais: Jesus, Maria e José.
Queira Deus (oxalá!) que sejamos capazes de os entender e de os glorificar pelo
que Deus fez e faz neles!
Cantemos
os ‘parabéns’ a Jesus neste Natal!
António
Sílvio Couto
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