Por
ocasião da gala do centenário do jornal ‘Diário do Minho’, no passado dia 15,
não vi nem vislumbrei nenhuma câmara de televisão, nem das habituais em atos de
tal significado nem as mais pessoais e correntes… como agora se diz, do público
fazedor de notícias. E questionei-me: foi esquecimento de quem organizou ou
descuido de quem costuma estar presente ao mais pequeno sinal de notícia
importante? Tal efeméride não será algo de tão relevante assim nem sequer para
os meios de comunicação social da Igreja católica? Terá havido algo que
desmereça ser noticiado ou não haverá algo mais neste falhanço, por sinal,
transversal a tantos dos meios de comunicação?
Que o
facto era considerado importante viu-se pela presença dum número significativo
de autarcas dos distritos de Braga e de Viana do Castelo? Que o episódio foi
considerado marcante viu-se no elevado número de presenças – ‘convidados’,
diga-se – no ato solene e na refeição subsequente. Que não foi um episódio de
somenos notou-se pela presença de tantos dos colaboradores (de trabalho e em
opinião), onde humildemente me inclui.
Ainda no
decorrer da festa/gala dei conta da estranheza aos responsáveis, tanto da
arquidiocese como do jornal e ficou-me um amargo de desconsideração para com
uma espécie de boicote por parte dos órgãos de comunicação social em massa. Não
que se deva achar estranheza nos critérios de notícias em tantas das
televisões, pois ali não havia um escândalo nem um acidente e tão pouco um
desses filões que agora fazem ganhar leitores/ouvintes/anunciantes, mas
tão-somente a comemoração de cem anos de um jornal feito com base na região
Norte, no Minho mais precisamente, que procura veicular valores – como foi
referido por alguns dos intervenientes – e de inspiração cristã. Será que é
esta que se torna nó górdio da compreensão daquilo que não se compreende e, por
isso, se contesta, ignorando, silenciando e censurando?
Seja lá
qual tenha sido a razão de não ter estado nenhuma televisão a reportar o
primeiro centenário do ‘Diário do Minho’, aqui fica a minha honesta, singela e
despretensiosa observação, denúncia e quase protesto.
Com um
redobrado sentimento de gratidão realço: parabéns, mais uma vez, pelo
centenário deste jornal.
António Sílvio Couto
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