Desde
2010 já houve 66 atentados terroristas de grande alcance em diversas partes do
Planeta, mas com alguma (2,5%) incidência em países de cultura ocidental.
Vejamos
os números por anos: 2010 – cinco; 2011 – seis; 2012 – dois; 2013 – cinco; 2014
– dois; 2015 – quinze; 2016 – catorze; 2017 (até meados de agosto) – dezassete.
A longa e pormenorizada lista está disponível em consultas da internet,
dedicando dados e situações em cada um dos que podem ser úteis e convenientes
ler e reler, não por curiosidade mórbida mas que nos dará um enquadramento de
vários aspetos atinentes em cada caso…
Segundo
dados disponíveis, os atentados terroristas verificaram-se, em dois terços (75%
dos casos) nos seguintes países: Iraque, Afeganistão, Índia, Paquistão,
Filipinas, Somália, Turquia, Nigéria, Iémen e Síria. Seis dos dez ataques mais
letais foram reivindicados pelo grupo autodenominado ‘estado islâmico’… embora
outros grupos – islamitas ou não – se assumam como praticantes desta atividade
inumana!
= Quando
é noticiado um desses ataques vivemos, imediata e socialmente, uma espécie de
pandemia securitária (quase) sem racionalidade, gerando desconfiança sobre tudo
e para com todos, particularmente para com pessoas que possam assemelhar-se aos
autores de tais barbaridades. Uns dizem que aquilo que temos e muito do que
está a acontecer é resultado da abertura à miscigenação de culturas e de povos,
entrando nos países pessoas que nem sempre estão bem-intencionadas… Outros
consideram que tais atentados são fruto dalguma confusão do mundo ocidental,
tão aberto nas suas opções laicistas, que os ‘religiosos’ muçulmanos não
entendem e combatem a ferro-e-fogo os arreligiosos infiéis... Outros ainda
parece que não compreenderam que a globalização trouxe riscos e desafios,
muitos deles semeados de maior ou menor turbulência social e ideológica…embora
venha sacudir o materialismo de vida de muitos que lançaram pétalas de nenúfar
onde o elefante agora pisa sem dó nem piedade…
= Apesar
de tudo há perguntas que podem e devem de ser colocadas: será que nós,
portugueses, estamos seguros ou em segurança, mesmo que estejamos neste canto
da Europa? Será que continuaremos mais ou menos imunes a esta vaga de
atentados? As medidas (já) tomadas serão capazes de dissuadir quem deseje
praticar algum atentado? Será com pilaretes em ferro ou cubos em betão que
estaremos mais seguros?
A nossa
mentalidade um tanto laxista poderá ser paga com façanhas pouco abonatórias da
capacidade preventiva, pois não estamos a lutar contra forças devidamente
identificadas – embora possam parece mais ou menos conotadas – e que se
escondem sob a capa de convivência e da bonomia à portuguesa.
Nota-se
uma razoável e crescente islamização tácita da nossa sociedade, com aberturas
nem sempre calculadas e com corifeus de boa vontade, que na hora da desgraça se
encolherão sob a capa do anonimato. Não basta receber os dinheiros de certos
investidores, é preciso saber donde são provenientes e quais as consequências de
lhes abrirmos a porta com tão à vontade que mais parecemos passarinhos
enfeitiçados por serpentes enleadoras… Cuidemos da segurança com atitudes de
vigilância e não como remendadores de fazenda em pano-cru… Embora sejamos um
povo pluralista temos de ir aprendendo com os erros de tantos outros que não
souberam nem quiseram tomar medidas adequadas à gravidade da situação…
= Não
deixa de ser preocupante e sintomático, que, neste país, quem previna contra
erros de abertura e contenção na liberdade de expressão, logo possa ser
rotulado de racista, xenófobo ou com outros epítetos que têm tanto de vulgares
quantos de insidiosos. E nem os (pretensos) defensores das minorias – muitas
das vezes não respeitadores dos outros que não se reveem nas suas atitudes – se
julguem acima de qualquer insuspeita, pois poderão estar a fazer o jogo
daqueles que pretendem infetar a cultura ocidental, tentando impor aos outros o
que agora lhes permite defender quem tal não desejam. Há minorias que de
democráticas não têm a ponta de nada, dado que na sua ânsia duma dita liberdade
condicionam a liberdade alheia e no desejo de serem diferentes se tornam
pequenos ditadores…dentro ou fora do parlamento e por entre jogos de poder.
Segurança,
sim; seguros sem condições, não!
António Sílvio Couto
Sem comentários:
Enviar um comentário