Por
estes dias surgiu um apelidado hino para a seleção portuguesa de futebol em
vias do europeu em França, durante o mês de junho.
Escolheram
como canta-autor um certo de pedro abrunhosa – a quem parece que disseram, um dia,
a brincar, que tinha jeito para cantarolar e ele levou a sério a brincadeira e
agora vai-se entretendo (à mistura de explorar os mais ou menos incautos) a
cançonetar… dentro e fora do país…com a cobertura de interesses regionalistas,
caldeando amplitudes corporativas de classe e/ou de partido… O lóbi tem
funcionado!
Detesto
quem se esconde. Abomino quem tenta ludibriar a boa-fé alheia. Abjuro quem usa
de máscara para se promover. Arrenego quem faz das suas limitações – reais ou
capciosas… com menos boa visão – um estilo de figura… Aquele misantropo que se
vai camuflando sob uns óculos revivalistas não merece que lhe demos crédito,
pois se tenta arvorar em intelectual – um anterior selecionador nacional
(estrangeiro) diria que era da ‘bosta’ – amealhando proventos à custa de causas
que, por serem nacionais, não deviam ser atribuídas nem assumidas por gente
quem não tem nível nem qualidade…mínima, suficiente ou razoável.
= Plágio musical…tristeza
nacional
Intitulado:
‘tudo o que eu te dou. Somos Portugal’, o refrão do (dito) hino para o
campeonato europeu, em França 2016, por parte de Portugal diz: ‘Que tudo o que
te dou, tu me dás a mim. Tudo o que sonhei, tu farás por mim. Tudo o que me
dás, nós damos-te a ti. Somos Portugal’.
Dizem
que querem fazer de cada português 1 de 11 milhões de adeptos pela seleção… Mas
com esta mobilização musical já parece que perdemos os jogos… todos, ainda sem
entramos em campo!
Não
basta querem vender uma imagem retocada em fotoshop, pois bem depressa se
percebe que não corresponde à realidade. Os jogadores vêm para servir-se da
seleção, quais estrangeirados em comissão de serviço, não sentem as dores da
mãe-pátria nem tão pouco dos que aqui sofrem para conseguirem sobreviver às dificuldades.
Uma parte significativa vem pavonear-se nos seus carrões, sem cuidarem de não ofenderem
os mais pobres. Tratados como ídolos, esquecem-se quem têm pés de barro… sim a
sua arte de pés – foot ball (bola com os pés) – pode claudicar à mais pequena
lesão e tudo se esboroa…
= Alienação coletiva…desgraça
sebastianista
Como
povo/nação quase sempre nos tentamos unir em volta de projetos mais ou menos
ilusórios. A mística sebastianista como que reverdece em maré de intenções do
nosso ‘eu coletivo’. Por agora têm sido as façanhas desportivas – sobretudo na
área do futebol… dos mais novos ao sénior – que têm servido de catarse aos
sonhos de vitória no contexto europeu e até mundial. O herói da Madeira tem
servido de engodo para alguns intentos, mas os anos passam e de pouco tem
valido em momentos decisivos. Mais uma vez – possivelmente a derradeira – estão
colocadas nele as esperanças coletivas…mas se falhar, adeus!
Fique
claro: não acreditava na boa prestação da seleção portuguesa de futebol, no
europeu de França… Mas agora com um promotor que canta a falar e tenta falar a
cantar, só poderemos acreditar que o insucesso está garantido… E nem a Nossa
Senhora de Fátima – a quem nunca vimos os nossos jogadores e/ou dirigentes
referirem-se antes, durante ou depois dos jogos – nos poderá salvar, pois a maioria
dos intervenientes lusos parece que se envergonha de a ela recorrem…
Queira
Deus que, ao menos, saibam e cantem o hino nacional – a portuguesa – pois na
sua letra nos deixamos inflamar na luta contra os bretões – os canhões seria
sadismo – teremos de marchar, marchar!
António
Sílvio Couto
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