A Igreja católica celebra, no dia 1 de novembro, numa só solenidade Todos os Santos, desde os mais
conhecidos até aos anónimos...ou sobretudo estes.
A origem desta celebração, faz-nos recuar aos primeiros séculos do cristianismo e à dificuldade em celebrar a multidão de mártires que foram vítimas das perseguições.
Posteriormente podemos reporta-nos ao século VIII com a tentativa de cristianizar o ‘dia das bruxas’, vivido pelos celtas no dia 31 de outubro...e como dia de celebração do ‘deus da morte’...à volta de alguma fogueira em início do tempo do frio.
A vivência religiosa de Todos os Santos coloca-nos perante a proposta cristã de, numa única solenidade, sentirmos, agradecermos e nos deixarmos acompanhar por tantos santos e santas, que junto de Deus O glorificam e louvam eternamente...enquanto nós vivemos na condição terrena de configurados à santidade...mesmo que pecadora, aqui e agora!
No dia seguinte à solenidade de Todos os Santos, dia 2 de novembro, a Igreja católica sufraga todos os Fiéis Defuntos...esses que nos precederam na fé e na caminhada na vida e que morreram ‘antes de nós e dormem agora o sono da paz’, tal como rezamos na oração eucarística do cânone romano.
Em toda a oração da Igreja os defuntos — sobretudo os que tinham fé e a celebravam de forma habitual em Igreja — são lembrados como irmãos mais velhos e que junto de Deus — seja qual for o seu estado de presença ao próprio Deus, no purgatório ou no céu — vivem a visão beatífica ou para ela se preparam pela purificação...
A nossa oração por eles — como se diz habitualmente pelos sufrágios — pode ajudá-los a ‘estarem’ junto de Deus o mais breve possível.
Este dia de Fiéis Defuntos pode e deve compreender-se à luz dos artigos do Credo: creio na vida eterna e na comunhão dos santos, pois só acreditando nessa vida e nessa comunhão poderemos viver e sentir tal participação na vida de ressurreição em Jesus e por Jesus.
A origem desta celebração, faz-nos recuar aos primeiros séculos do cristianismo e à dificuldade em celebrar a multidão de mártires que foram vítimas das perseguições.
Posteriormente podemos reporta-nos ao século VIII com a tentativa de cristianizar o ‘dia das bruxas’, vivido pelos celtas no dia 31 de outubro...e como dia de celebração do ‘deus da morte’...à volta de alguma fogueira em início do tempo do frio.
A vivência religiosa de Todos os Santos coloca-nos perante a proposta cristã de, numa única solenidade, sentirmos, agradecermos e nos deixarmos acompanhar por tantos santos e santas, que junto de Deus O glorificam e louvam eternamente...enquanto nós vivemos na condição terrena de configurados à santidade...mesmo que pecadora, aqui e agora!
No dia seguinte à solenidade de Todos os Santos, dia 2 de novembro, a Igreja católica sufraga todos os Fiéis Defuntos...esses que nos precederam na fé e na caminhada na vida e que morreram ‘antes de nós e dormem agora o sono da paz’, tal como rezamos na oração eucarística do cânone romano.
Em toda a oração da Igreja os defuntos — sobretudo os que tinham fé e a celebravam de forma habitual em Igreja — são lembrados como irmãos mais velhos e que junto de Deus — seja qual for o seu estado de presença ao próprio Deus, no purgatório ou no céu — vivem a visão beatífica ou para ela se preparam pela purificação...
A nossa oração por eles — como se diz habitualmente pelos sufrágios — pode ajudá-los a ‘estarem’ junto de Deus o mais breve possível.
Este dia de Fiéis Defuntos pode e deve compreender-se à luz dos artigos do Credo: creio na vida eterna e na comunhão dos santos, pois só acreditando nessa vida e nessa comunhão poderemos viver e sentir tal participação na vida de ressurreição em Jesus e por Jesus.
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Quais os desafios que estas celebrações nos colocam, hoje?
Desde logo há um desafio muito simples que é a conexão entre a santidade e
a condição de fragilidade, esta vive-se e pode ser construída na prossecução
daquela, isto é, somos chamados a ser santos a partir e na conjugação da nossa
vivência terrena e humana…santos neste mundo e segundo cada tempo. Com efeito,
só alicerçados numa fé muito bem esclarecida poderemos entender certos sinais
de devoção popular ao (dito) ‘culto dos defuntos’, que é muito mas do que um
certo culto dos mortos: os resquícios de veneração daqueles que nos precederam
na vida – e os cristãos dizem também ‘na fé’ – poderão dar sentido à deposição
de flores e de outras manifestações de carinho e amizade para com os ‘nossos’
defuntos. De facto, não os esquecemos, pois temos memória e gratidão,
envolvemo-los e deixamo-nos envolver pelo contexto social e (quase)
ritual…pois, o que seria da nossa identidade se já nem os lembrássemos!
Será, então, esta corrente de oração que nos despertará para sentirmos a necessidade
de avivar a nossa contingência, pois aquilo que semearmos nos mais novos e nos
virem fazer para com os nossos antepassados será essa cultura que perpetuará o
nosso não-esquecimento por outros. Aos crentes cristãos/católicos está
associada a participação na missa, lembrando os Santos e os Defuntos numa
espécie de celebração conjunta e harmoniosa, pois uns e outros fazem parte da
nossa família de sangue ou da fé.
Claro que não podemos esquecer as novas formas de sepultamento, que é a
cremação. Também neste caso dependerá do local onde estão as cinzas, pois
também estas podem e devem merecer idêntico respeito e, porque não, cuidado na
atenção aos vindouros.
De todo será desejável que não continuemos a viver como se a morte não
existisse e em que essa passagem única e irrepetível da vida não deva ser preparada
na dignidade da condição terrena. Urge, por isso, tentarmos lutar contra a
privatização da fé e dos momentos de morte, pois isso não passa duma alienação
onde cada um se julga ‘imortal’ cheio de medos e fantasmas… não-assumidos.
Basta de mitos e cobardias! ‘Saiba morrer, quem viver não soube’ – dizia
Bocage!
António Sílvio Couto
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