“Um coração de Luz” é o tema deste ano do tradicional evento da bênção dos bambinelli (‘meninos’ Jesus), que será realizado no domingo, 22 de dezembro, e envolverá crianças e jovens de oratórios e paróquias de Roma. Os grupos, juntamente com os animadores do Centro 'Oratori Romani', participarão primeiro da celebração presidida pelo cardeal Gambetti na Basílica Vaticana e depois reunir-se-ão na Praça São Pedro para o Angelus com a bênção do Papa.
O encontro para oratórios, grupos de jovens, paróquias e famílias de Roma representa uma tradição de longa data que remonta a 1969, quando Paulo VI concedeu pela primeira vez a bênção solene às estatuetas trazidas pelas crianças no dia 21 de dezembro.
A Bênção dos bambinelli é promovida e organizada pelo Centro Oratori Romani, uma associação de fiéis fundada para a divulgação e promoção do trabalho pastoral oratoriano em Roma. Essa tradição se difundiu amplamente nos últimos anos na Itália e no exterior (Estados Unidos, Filipinas, Inglaterra, Irlanda, América do Sul e muitos outros), envolvendo centenas de comunidades e dioceses onde bispos e sacerdotes optaram por dedicar um domingo do Advento ao encontro com as ‘imagens’ do Menino Jesus e ao acolhimento das famílias, animadores e religiosos da Igreja local. “Este ano a expectativa se multiplicou, o convite é para estarmos ainda mais vigilantes e prontos para acolher um Natal 'especial'”, realçou o presidente do Centro dos oratórios de Roma.
= Contraste ou confronto?
Neste tempo consumista em que se converteu o Natal e quanto a ele se refere – onde pontifica a figura bizarra do ‘pai natal’ – aceitar este desafio da bênção dos ‘bambinelli’ é, antes de tudo, um compromisso em não deixar esquecer, senão mesmo morrer, a referência ao festejado no Natal.
Algo vai mal no processo educativo em geral e específico para com as crianças mais novas, pois, muitas das crianças não sabem nem conhecem a história do Natal e já nem na família isso é transmitido. Com que habilidade foi banida a referência a Jesus e como os nossos mais novos estão longe da linguagem e do comportamento em função de Jesus, o festejado no Natal.
As festinhas (não é termo depreciativo) da catequese ainda poderão lançar algumas sementes para que Jesus tenha centralidade no Natal, mas o grosso das crianças está longe daquilo que é o Natal cristão.
Precisamos de lançar mão de todos os recursos disponíveis para que o espírito do Natal continue a ser espalhado, vivido e sentido por todos e por cada um de nós.
António Sílvio Couto
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