Numa espécie de fuga à vulgaridade da apresentação/exposição do corpo
humano vamos vendo uma certa proliferação das tatuagens…nessa outra tentativa
de fazer alguma ‘arte’ com sinais e interpretações que têm tanto de simbólico
como de exotérico… ou até provocador e acintoso… ridículo e quase nojento.
Embora se pretenda ‘vender’ o recurso à tatuagem como algo ‘evoluído’
dentro duma tal cultura urbana, ela já tem mais de 3500 anos de aspiração a ser
afirmação entre tribos e clãs e como fator distintivo de grupo…ontem como hoje!
Envolvendo e sendo envolvida na linguagem iniciática de certos setores em
idade de puberdade e de juventude, o recurso às tatuagens foi sendo disseminado
entre grupos de marinheiros (e mais amplificada nas hostes militares), entre
presidiários e noutros sectores de regime fechado e grupal… não devendo ser
esquecidas as marcas tatuadas nos prisioneiros nazis com tantas distinções
aberrantes e racistas… Quem pensará nisto na hora de ir à loja tattoo mais
próxima?
Digamos que certas modas e seus apetrechos têm tanto de fácil quanto de
manipulado e incoerente com as implicações que tais iniciativas e gestos
comportam!
São às dezenas as hipóteses de recurso às tatuagens – águia e âncora, aves
e borboletas, bruxas e coroas, corações e corujas, cruzes e estrelas, diamantes
e flores, gatos e leões, orquídeas e rosas, sois e tigres, religiosas e de
dragões – e em cada uma e para todas há uma leitura que deve ser entendida e,
sobretudo, explicada.
= Já repararam que Cristiano Ronaldo – essa espécie de Adónis do século XXI
– não ostenta qualquer tatuagem no (esbelto) corpo de atleta e de (quase)
culturista? Será coincidência ou foi uma nítida opção… dele ou de quem conduz a
sua ‘imagem’? O dito rapaz das favelas madeirenses é mais esperto do que os
outros jogadores e ‘celebridades’ do mundo do futebol? Como terá ele aprendido
a resguardar-se da moda das tatuagens? Será coincidência que seja dos corpos
mais limpos das tatuagens… numa aprendizagem amadurecida e mais sensata?
Porque será que certos ‘atores’ – de ação cinematográfica ou de âmbito mais
público – recorrem a este subterfúgio da tatuagem para se apresentarem nas
lides de exposição publicitada? Foram induzidos no engano ou deixaram-se ir na
onda… irreversível e (quase) inestética pela exposição do corpo humano?
= Porque para um cristão nada pode ou deve escapar ao discernimento do
significado daquilo que faz e de como se comporta, devemos enquadrar mais este
fenómeno do recurso às tatuagens na linguagem bíblica e da sua interpretação. A
marcação do número de pertença aos que são dos servidores da ‘besta’ faz a
diferença dos assinalados com o sinal do Cordeiro… estes serão designados para
a vitória no Reino final, enquanto aqueles que receberam o impacto do ferrete
do inimigo, irão sofrer a derrota pela força do Santo sem marca nem distinção.
Quantos dos símbolos por agora difundidos – mesmo nas tatuagens mais
vulgares – são uma espécie de culto ao ‘dragão’ (= inimigo do Cordeiro imolado)
e seus adoradores.
Não temos dúvida que, uma grande parte dos tattoos da moda, são
tendencialmente anticristãos. Muitos deles, de forma capciosa ou mais
explícita, pretendem difundir uma cultura de neopaganismo, com muitos dos
recursos numa luta sem quartel nem exército explícito contra a cultura cristã
mais ou menos difusa…
= Embora respeitemos essa ‘arte’ das tatuagens, não gostamos de ver uma
razoável exploração da ignorância de tantos/as dos que recorrem a este
expediente de neopaganismo camuflado e insidioso para com alguns mais novos e
incautos… A quem serve esta difusão em degradação das tatuagens, muitas delas
em sociedades (quase) ignorantes, mas cultivadoras duma certa moda popular e
atraente?
Cuidemos com respeito da presença de Deus no nosso corpo… de batizados,
agora e sempre!
António
Sílvio Couto
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