Partilha de perspectivas... tanto quanto atualizadas.



quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Descobrir – procurar – conhecer

 


Este tempo pré-natalício e quase de final de ano pode ser oportunidade para refletirmos sobre aspetos essenciais da nossa vida.

Assim apresentamos uma pequena partilha sobre três dimensões desta possível avaliação e reconfiguração daquilo que somos, vivemos e aspiramos. 
* Descobrir o caminho para a maturidade
A descoberta de quem somos é uma tarefa de cada um de nós… ao longo de toda a nossa vida. Podemos entender esta descoberta, falando cada um sobre si mesmo, do sentido da sua existência, e da fundamental descoberta ‘da realidade do bem e do mal’. Essa autodescoberta pode converter-se ainda em hétero-descoberta: do mundo – humano e da natureza – que nos circunda, mas, de entre tantas descobertas, há uma que se deve destacar: ‘a descoberta pessoal de Jesus Cristo’, como é designada pelo magistério da Igreja católica, em que temos em conta não só a Sua existência histórica, mas Sua presença na vida de cada um de nós, naquilo que podemos designar de ‘a aventura mais maravilhosa da nossa vida’.
Atendendo à tríplice revelação de Jesus como caminho, verdade e vida, podem-nos ser colocados alguns desafios nas encruzilhadas do caminho da vida e nas diversas ambiguidades, sobretudo em relação aos mais novos, para que tenham Cristo, com o seu Evangelho, com o seu exemplo, com os seus mandamentos, como o caminho mais seguro e que leva a uma felicidade plena e duradoura…muito para além do meramente visível e percetível.
* Procurar o que dá sentido na verdade
Tendo em conta tantas e tão díspares propostas eivadas de soluções imediatistas, onde, por vezes, se misturam sugestões e confusões, intenções e deceções, desejos e más experiências, é apontado, sobretudo aos jovens, Cristo, como ‘a Palavra de verdade, pronunciada por Deus mesmo, como resposta a tantos interrogativos do coração humano’. Aquela tão célebre frase de S. Agostinho: ‘criaste-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração não descansa enquanto não repousa em Vós’, continua com atualidade na maior parte dos nossos jovens, quando saudáveis e equilibrados. De facto, só quando entendemos o alcance do mistério da nossa vida em condição terrena é que penetramos no sentido do significado de Jesus ser Aquele que nos desvela plenamente o mistério do homem e do mundo, ontem como hoje e por toda a eternidade!
* Conhecer em Jesus a plenitude da vida
Nunca como agora se mantém vivo e atual o desafio filosófico grego: ‘conhece-te a ti mesmo’. Com efeito, uma razoável maioria das pessoas do nosso tempo arrasta-se pelas vielas da vida, contentando-se com rebuscos de nada e alimentando-se com pílulas algo preconceituosas em relação a Deus e aos temas (ditos) religiosos. Por vezes, na análise que se vai fazendo dos jovens, podemos considerá-los como cada um que deseja ‘ardentemente viver a vida na sua plenitude’. Uma grande parte dos jovens ainda vive animada por grandes esperanças, por tantos bons projetos para o futuro. Por isso, numa linguagem cristã é importante não esquecer, inserindo tais desejos na perspetiva de que a verdadeira plenitude da vida só se encontra em Cristo, morto e ressuscitado por nós. De facto,‘ só Cristo é capaz de preencher até ao fim o espaço do coração humano. Só Ele dá a força e a alegria de viver, e isto apesar de todos os limites e obstáculos exteriores. De que adianta andarmos entretidos com tantas minudências, se a nossa meta está no mais longe, no mais alto e no mais essencial!

 

Breves notas:

- Qual o significado de termos visto o Presidente da AR e o chefe do governo vestidos com a t’shirt com o logotipo alusivo às JMJ2023: foi para animar ou para desmotivar? Não valeria a pena considerar maior discrição do que suportar esta mistura?

- Que dizer ao recurso, em meios católicos, para com certos ‘artistas’ do ‘stand-up comedy’ Queremos que eles nos achincalhem ou damos-lhes protagonismo, quando nos ridicularizam sem respeito mínimo?

- A quem serve este ambiente rácio-fílico? Por que é que alguns negros se sentem tão ofendidos, mas não respeitam quem os acolhe, antes alguns (‘democratas’) vão apelando à luta (morte) contra o branco? 

 

António Sílvio Couto

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