Se há
algo de fundamental na nossa caminhada cristã é a formação da consciência, que
há de acompanhar a nossa ‘evolução’ humana, cultural, espiritual…e cristã,
mesmo segundo a vocação de cada um de nós.
Duma forma simples: os pecados dum casado são diferentes dos de um solteiro e mesmo uma viúva ou divorciado tem pecados e faltas diferentes de um padre ou de uma religiosa. Quer isto, então, dizer que a nossa maturidade se revela pelos pecados – usamos este termo por estarmos em contexto religioso/católico – que temos, conhecemos, assumimos e pelos quais pedimos perdão a Deus, mesmo pelo sacramento da penitência.
Será diante desta luz que haveremos de nos abrir à luz de Deus, digamos do Espírito Santo em nós, para que possamos deixar que a misericórdia divina se derrame sobre a nossa fragilidade aceite, assumida e necessitada do perdão sacramental.
Ora cada ano teremos (ou deveremos ter) pecados novos, pois a Palavra de Deus nos há de denunciar o que ainda não é conversão a Deus nem aceitação do caminho de Jesus em pequenas como médias ou grandes coisas. Será à luz dum exame de consciência sério, sereno e sábio que poderemos percorrer o nosso caminho quaresmal.
Saber discernir aquilo que Deus nos concede como Sua força em nós e a possível infidelidade – outro nome do pecado – a tudo isso, será desafio da quaresma deste ano… em concreto.
‘Se não vos converterdes morreis de igual forma’ é uma provocação de alcance eterno, pois a conversão é caminho nunca acabado, mas que se deve aprimorar cada dia mais e melhor.
Podemos invocar o Espírito Santo para que venha iluminar as fímbrias mais íntimas do coração de cada um de nós, tornando-nos mais vigilantes sobre os nossos sentidos, que alguns santos consideravam-nos as portas/janelas por onde entra a tentação e as ciladas do mal…
Duma forma simples: os pecados dum casado são diferentes dos de um solteiro e mesmo uma viúva ou divorciado tem pecados e faltas diferentes de um padre ou de uma religiosa. Quer isto, então, dizer que a nossa maturidade se revela pelos pecados – usamos este termo por estarmos em contexto religioso/católico – que temos, conhecemos, assumimos e pelos quais pedimos perdão a Deus, mesmo pelo sacramento da penitência.
Será diante desta luz que haveremos de nos abrir à luz de Deus, digamos do Espírito Santo em nós, para que possamos deixar que a misericórdia divina se derrame sobre a nossa fragilidade aceite, assumida e necessitada do perdão sacramental.
Ora cada ano teremos (ou deveremos ter) pecados novos, pois a Palavra de Deus nos há de denunciar o que ainda não é conversão a Deus nem aceitação do caminho de Jesus em pequenas como médias ou grandes coisas. Será à luz dum exame de consciência sério, sereno e sábio que poderemos percorrer o nosso caminho quaresmal.
Saber discernir aquilo que Deus nos concede como Sua força em nós e a possível infidelidade – outro nome do pecado – a tudo isso, será desafio da quaresma deste ano… em concreto.
‘Se não vos converterdes morreis de igual forma’ é uma provocação de alcance eterno, pois a conversão é caminho nunca acabado, mas que se deve aprimorar cada dia mais e melhor.
Podemos invocar o Espírito Santo para que venha iluminar as fímbrias mais íntimas do coração de cada um de nós, tornando-nos mais vigilantes sobre os nossos sentidos, que alguns santos consideravam-nos as portas/janelas por onde entra a tentação e as ciladas do mal…
Apresentamos,
de seguida, um campo de exame de consciência sobre uma dimensão nem sempre tão
atendida quanto seria desejável – os cinco sentidos corporais:
* Olhos – ver: através dos olhos - quais
janelas da alma - podemos pecar e talvez fazer pecar os outros. Por isso,
importa ver por onde têm andado os meus olhos, quantas vezes rebeldes e
ofendendo Deus em mim mesmo e nos outros.
* Ouvidos – ouvir, escutar: apesar de ser
uma faculdade do nosso corpo que se vai degradando com o passar da idade,
também através daquilo que ouvimos ou a que damos ouvidos podemos ofender
Deus...nos outros.
* Boca – falar/língua, comer: pela boca falamos e comemos, isto é dizemos palavras e ingerimos os alimentos. Ora tanto uma como outra das atividades podem não ser sempre tão cristãs quanto seria desejável.
* Olfato – cheirar, sentir: pelo nariz nós inspiramos e expiramos, recebemos as sensações de bons e de maus cheiros e até podemos pecar e levar os outros a pecar também.
* Boca – falar/língua, comer: pela boca falamos e comemos, isto é dizemos palavras e ingerimos os alimentos. Ora tanto uma como outra das atividades podem não ser sempre tão cristãs quanto seria desejável.
* Olfato – cheirar, sentir: pelo nariz nós inspiramos e expiramos, recebemos as sensações de bons e de maus cheiros e até podemos pecar e levar os outros a pecar também.
* Tacto (mãos, pés) – tocar, andar: o
sentido do tacto envolve toda a pele que envolve o nosso corpo, mas aqui
fixamo-nos nas mãos e nos pés como expressões mais palpáveis daquilo que somos
e vivemos.
De
quantas e por tão diversificadas pecamos. Que Deus nos conceda a graça de
dizermos como David: ‘pequei’… esse é o maior dom divino na nossa frágil vida.
Neste
tempo de Quaresma é santo e salutar aferirmos o que em cada um de nós há da
exigência a aceitarmos a conversão. Não podemos entrar nessa onda de desejarmos
bons propósitos e exigências à Igreja, excluindo-nos da solução, criando mais e
mais problemas… Com efeito, a mudança do mundo começa e consegue-se quando cada
um de nós se converter mais em atos do que por meras palavras. Podemos estar
cheios de boas intenções – há quem diga que o inferno está forrado dessas tais
– e temos é que vencer-nos a nós mesmos e, depois, poderemos testemunhar o que isso
nos custou…
Com
confissão (sacramental) ou sem ela, o exame de consciência é peça fulcral da
nossa vivência da Quaresma. Isto será tanto mais importante quanto o possamos
viver na força comunitária do perdão recebido e dado em Igreja…
António Sílvio Couto
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