Não é pouco habitual assim ver pessoas – de dentro ou de
fora da Igreja, ocasionais ou mais frequentadores – contestarem os padres no
exercício das suas funções. Nalguns casos vindos a público como que se tenta
dar mais razão a quem contesta e/ou protesta do que a quem exerce o ofício...
= Diante duma mudança menos boa de aceitação em respeito
para com os ministros da Igreja – dizemos, sobretudo, no contexto católico –
como que nos podem surgir algumas questões endógenas e exógenas para que tal se
tenha vindo a agravar no tempo e na quantidade...difundida.
= Mesmo que de forma humorística ousamos reproduzir
alguns excertos dum texto, lido por estes dias, num jornal diocesano... Não
pretendemos lançar juízo algum sobre a generalidade dos cristãos/católicos, mas
antes tentar encontrar (possíveis) explicações no âmbito interno e,
particularmente, numa certa ausência de aposta na formação – contínua e
necessária – de todos.
Eis um breve elenco:
Católico ‘flor-de-estufa’ – quando tem qualquer problema
com o padre, logo deixa a igreja;
Católico 112 – só procura a igreja em caso de emergência;
Católico balão – sempre inchado, mas, bem visto, não tem
nada dentro;
Católico aranha – ao mínimo problema desata a subir pelas
paredes;
Católico carrinho de mão – tem de haver sempre alguém para
empurrar;
Católico peixe – missa, nada; oração, nada; compromisso
social, nada...
= De facto, há pessoas que se aproximam da Igreja com o
intuito de fazerem uma caminhada de fé. Há os que querem colocar-se à
disposição dos outros. Há ainda outros que, passado algum tempo de afastamento,
querem retomar a sua aprendizagem de caminhada de fé mais ou menos sequente e
progressiva...passado o primeiro tempo de casamento e/ou de estabilidade
profissional.
= No entanto, uma larga maioria dos nossos ‘católicos
não-praticantes’ faz dos (ditos) sacramentos sociais (batizados, casamentos e
funerais) uma certa aproximação simulada, pretendendo que se lhe faça o favor
de envernizar uma religião fixista...essa que deixaram parada na última vez em
tiveram presença – qual filme colocado em pausa – entendendo quase tudo dum modo
nada de referência...sem sequência ou até nexo.
= Que dizer, então, da forma de se apresentar em tais
‘cerimónias’? Umas vezes nota-se uma forte influência do mundanismo da
vestimenta e do comportamento. Outras vezes custa a distinguir se o espaço
celebrativo é diferente do lugar da diversão. Nalguns casos parece haver uma
certa ignorância, mas, noutras situações, será mais negligência... Apesar de tudo,
poderíamos fazer uma caminhada de maturidade se houvesse humildade e bom senso
humano, cultural e espiritual.
= Atendendo à responsabilidade dos ministros ordenados
como pode e deve ser a sua atuação? Dado que, muitas vezes, estão a ser
escortinados por pessoas bem e/ou mal-intencionadas, só num clima de confiança
se poderá conduzir a porção do povo de Deus que lhes está confiada. Atendendo a
que muitos dos (pretensos) católicos-pirilampo (ora estão, ora saem; ora
frequentam aqui, ora vão onde lhes convém) podem fomentar maledicência, urge
que se faça uma maior formação para o compromisso, sobretudo daqueles/as que
servem (ou deviam servir) a comunidade dos irmãos.
= Quando para se ser ordenado padre é preciso estudar e
ser avaliado, preparar-se para o ofício...anos e anos, porque se há de dar
tanto destaque a quem contesta, mas foge? Afinal, quem sabe...mesmo do ofício?
Sou católica Florzinha de Jesus . . .
ResponderEliminartantas verdades, padre Silvio.
ResponderEliminarum bem haja
Por causa de andorinha não se vai estragar a primavera.
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