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domingo, 31 de maio de 2015

63 anos depois...haverá futuro?




O Centro Paroquial de Acção Social da Moita nasceu a 1 de Abril de 1952 e foi a 3 de Junho desse mesmo ano que se deu a publicação em ‘Diário da República’. Uma longevidade cheia de dificuldades e de vitórias, de bons e de exigentes momentos...uns mais visíveis e outros só percetíveis na fé, pela esperança e com caridade.
Certamente que, em todo este tempo, Deus cuidou desta Sua instituição e seguramente continuará a cuidar, foi este cuidado divino que encorajou a vencer através de tantos homens e mulheres com capacidade de fé, por entre tantos momentos de esperança e em inúmeras situações para viverem o exercício da caridade...

= Ao longo destes 63 anos de história, o Centro Paroquial foi gerido sob a responsabilidade dos párocos da Moita -- P. e João Evangelista, P. e Fernando Belo, P. e João Tavares e atual pároco -- numa união entre as tarefas pastorais e atividades de índole social...o que, por vezes, nem sempre é fácil de compreender e de ser compreendido.
A revisão dos Estatutos, que está em curso, segundo a lei geral, poderá ajudar a enquadrar melhor estas funções e talvez a duração das mesmas.

= Porque o Centro Paroquial de Acção Social da Moita tem uma razoável história, queremos, em cada ano ter um dia para agradecer, renovar e promover um lema: ‘as pessoas são o nosso melhor património’... Assim, o saibamos viver de forma comprometida com a qualidade de vida humana e espiritual que todos merecemos!

= Tal como noutras iniciativas temos dois princípios simples e básicos: quem não criar dificuldades já estar a ajudar e se esta iniciativa é de Deus não será possível fazê-la perigar.
Sobre este segundo aspeto tenho a certeza -- confirmada pelos 63 anos de luta, de ajuda e reconhecimento -- de que o Centro Paroquial de Acção Social da Moita é uma obra de Deus...em favor dos homens e mulheres de cada tempo...na Moita e arredores, envolvendo tanta generosidade e dedicação...até escondida da visibilidade humana e social. Que Deus recompense a todos e a cada um/uma!

= Ora, têm surgido, nos tempos mais recentes, várias nuvens no céu do Centro Paroquial, umas provenientes das dificuldades económico-financeiras das famílias e do estado geral do país, outras semeadas por algumas pessoas de quem dispensávamos que tivessem feito tal papel, nalguns casos de forma explícita, noutras situações de modo camuflado e até na sombra.
Gostaríamos de exprimir o nosso profundo e razoável desagrado por tanto mal que têm feito ao Centro Paroquial, pois se não nos unirmos, como cristãos, católicos e como verdadeiros irmãos e irmãs em Jesus, em particular, estaremos a dar sinais aos que não querem que a Igreja prossiga na sua tarefa evangelizadora através da educação desde a mais tenra idade e pelo acolhimento aos mais velhos, abandonados e esquecidos em momento finais da vida.

= Urge, por isso, fazer todo o esforço para que Paróquia e Centro Paroquial remem para o mesmo lado e com movimentos concertados. Não podemos permitir que possa haver um só que seja dos cristãos que vão à missa (e não só) que não sinta o Centro Paroquial como ação da caridade da Igreja em favor dos mais desfavorecidos...
Ninguém é ‘dono’ da ajuda a ninguém. Pois, só numa articulação humilde e de serviço é que podemos prosseguir o que nos últimos 63 anos foi semeado...com algum sangue, muito suor e bastantes lágrimas.
Queira Deus que sejamos dignos de continuar, segundo a nossa capacidade, a viver no bem a fazer de forma gratuita... sem preconceitos, sem julgamentos  ou promoções escusadas!

António Sílvio Couto

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