A
comunicação na sociedade – escrita, falada, visionada... pessoal ou
intercomunicada – vai criando um ambiente onde é mais fácil acreditar na morte
de alguém do que no seu sucesso. Quantas vezes nos deixámos influenciar mais
por aquilo que dizem mal – real ou inventado – do que por aquilo que é dito de
bem! Quantas vezes vemos regozijar com o mau desempenho do que com as
vitórias... mesmo que pequenas! Quantas vezes nos alegramos mais com o mal dos
outros do que com o bom-sucesso!
Dá a
impressão que nos deixámos mais tomar pelo mau-olhado do que pelo bom-olhar.
Vivemos numa espécie de cultura onde o negativo faz mais fulgor e consegue mais
influência do que a dimensão positiva. As cores escuras ganham – mesmo em época
de calor – às cores mais claras. Vamos criando um ambiente quase funesto...
onde, com mais facilidade o espírito do mal tem campo de atuação propício para
ganhar ascendente... sobre nós e à nossa volta.
- Que os
‘nossos’ políticos falem (sempre e só) a verdade sobre a situação do país e que
não tentem explorar o mau desempenho dos outros para (meramente) se promoverem
com as derrotas alheias;
- Que os
trabalhadores não desdenhem dos empregadores, mas que tentem construir empresas
de sucesso, pois este só aparece antes de trabalho no dicionário;
- Que os
mais novos apreciem o que os mais velhos lhes dão, cuidando de que possam
usufruir com qualidade aquilo que lhes tem sido dado com sacrifício;
- Que os
fazedores de opinião não tentem absolutizar leituras relativas, muitas delas ao
sabor da ideologia, mas que façam os outros pensar pela sua cabeça, tendo
também opinião favorável para com todos;
- Que os
promotores do desporto – que é muito mais do que o futebol! – não tentem
ganhar, ludibriando os adversários, mas antes sejam dignos das vitórias
conseguidas com justiça e em verdade desportiva;
- Que os
profissionais da saúde, dos transportes, da justiça, da educação, da segurança
social... não olhem só aos seus interesses quando os defendem, através da greve
ou de outra forma de luta, mas atendam a que a sua razão de ser está em função
daqueles a quem servem e lhes pagam, indiretamente, os ordenados – nalguns
casos chorudos – que auferem;
- Que as
igrejas (tradicionais ou outras) e os seus ministros sejam dignos da confiança
dos fiéis, que, através deles, procuram a aproximação ao divino, permitindo um
amadurecimento espiritual e de esperança em Deus e para com os humanos;
- Que
certos responsáveis – sobretudo purpurados e/ou afins – na Igreja católica,
pelas posições que tomam, publicamente, mais não pareçam estar aproximados e/ou
seduzidos por certos ritos do avental do que pela lógica do serviço humilde do
Evangelho aos outros, fazendo a paz e não criando a dissensão social, eclesial
e política.
Acreditando
que o combate ao síndrome de negatividade começa, prioritarimente, no íntimo de
cada um de nós, cremos que será abrindo-nos à confiança uns nos outros e de
todos em Deus que conseguiremos fazer uma sociedade mais fraterna, mais
solidária porque mais cristã, verdadeiramente!
António Sílvio
Couto
Eu sonhei que alguém me dizia, _Você tem a síndrome da negatividade. Por isso estou nesta página pesquisando. Eu sou uma pessoa super positiva e passo isto para os outros, mas percebi que minhas filhas andam negativas, assistem mitas notícias ruins pela internet já reclamei com elas, eu estou sempre mostrando o lado positivo das coisas. Realmente o que você diz é verdade estamos vivendo a valorização do ruim e do negativo. Obrigada por sua matéria.
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