Valerá a
pena recordar que os três símbolos na Nação Portuguesa – segundo a constituição:
artigo 11.º – são o hino, a bandeira e o Chefe de Estado ou Presidente da
República.
Se os
dois primeiros têm andado em destaque de alta, particularmente, por razões
desportivas, com o futebol à testa, o último, pelo que temos podido perceber é
alvo de destaque em baixa... ao que se pode perceber por motivos ideológicos
menos claros, por agora.
= Presidente de todos ou para
todos... os portugueses?
Houve um
candidato à presidência da República que, quando foi eleito, se fez aclamar ‘presidente
de todos os portugueses’, mesmo daqueles que não tinham votado nele. Ora esta
expressão tem tanto de demagógico, quanto de incorreto, pois o eleito – salvo
em razão de unanimidade, o que não foi nem é o caso, ou estaríamos em ditadura
de candidato único – tem sempre opositores e, por isso, não recolheu todos os
votos; portanto não é ‘presidente de todos’, mas deverá ser ‘presidente para
todos’, isto é, sem preveligiar os seus apaniguados nem os da sua simpatia
ideologógica ou mesmo política.
Ora que
temos visto, sobretudo, nos tempos mais recentes é que há fações que, não se
revendo – política, económica ou sociologicamente – no atual Chefe de
Estado/Presidente da República se dão ao trabalho – ou será ao crime? – de
ofender um dos símbolos da Nação e com isso poderem incorrer em ofensa à
Pátria.
Perante
certo aparato contestatário – muitas vezes com umas dezenas de manifestantes...
arregimentados por forças de quem ‘está sempre no contra’ – fica-nos a sensação
de que são sempre os mesmos e que rodam para parecem bastantes. Talvez se
devesse ver melhor a cara dos que por lá andam e teríamos outras certezas,
descobrindo subterrâneas finalidades!... Talvez as autoridades devessem exercer
mais as suas competências, identificando que profere palavras ofensivas à
função – que não meramente a pessoa do dignitário – do Chefe de
Estado/Presidente da República!... Se todos têm direito e liberdade a dizer o
que querem também devem ser responsabilizados nas suas ações e comportamentos.
= Quando uma certa cobardia
parece compensar!
Vivemos
um tempo ávido de respostas um tanto imediatistas, onde a defesa dos interesses
(pessoais, grupais ou de classe) como que se evidenciam por sobre uma outra visão
em favor dos demais. De fato, algumas das manifestações sindicalistas, de
contestação, de desempregados (ativos ou meramente passivos) ou de associações
sectoriais nem sempre parecem ter em conta o necessário interesse comum e/ou
coletivo. Com efeito, certas promoções em favor de uns quase revertem em favor
de minorias, sejam elas as já habituais e quase institucionalizadas – onde
algumas agremiações partidárias se acoitam – sejam as que aproveitam a onda
contestatária contra tudo e em oposição a (quase) todos...
Quando o
país precisa de fatores de unidade, não podemos continuar a tolerar a
arrogância de certas forças que vivem (quase sempre) na retanca e no
deita-abaixo, criando a sensação de tudo está perdido e como que favorecendo a
discordância antes de que a harmonia numa certa perspetiva de futuro menos duro
e crispado.
António Sílvio Couto
Sem comentários:
Enviar um comentário