Este tempo pré-natalício e quase de final de ano pode ser oportunidade para refletirmos sobre aspetos essenciais da nossa vida.
Assim apresentamos uma pequena partilha sobre três dimensões desta possível avaliação
e reconfiguração daquilo que somos, vivemos e aspiramos.
* Descobrir o caminho para a maturidade
A descoberta de quem somos é uma tarefa de cada um de nós… ao longo de toda a
nossa vida. Podemos entender esta descoberta, falando cada um sobre si mesmo,
do sentido da sua existência, e da fundamental descoberta ‘da realidade do bem
e do mal’. Essa autodescoberta pode converter-se ainda em hétero-descoberta: do
mundo – humano e da natureza – que nos circunda, mas, de entre tantas
descobertas, há uma que se deve destacar: ‘a descoberta pessoal de Jesus
Cristo’, como é designada pelo magistério da Igreja católica, em que temos em
conta não só a Sua existência histórica, mas Sua presença na vida de cada um de
nós, naquilo que podemos designar de ‘a aventura mais maravilhosa da nossa
vida’.
Atendendo à tríplice revelação de Jesus como caminho, verdade e vida, podem-nos
ser colocados alguns desafios nas encruzilhadas do caminho da vida e nas
diversas ambiguidades, sobretudo em relação aos mais novos, para que tenham
Cristo, com o seu Evangelho, com o seu exemplo, com os seus mandamentos, como o
caminho mais seguro e que leva a uma felicidade plena e duradoura…muito para
além do meramente visível e percetível.
* Procurar o que dá sentido na verdade
Tendo em conta tantas e tão díspares propostas eivadas de soluções
imediatistas, onde, por vezes, se misturam sugestões e confusões, intenções e
deceções, desejos e más experiências, é apontado, sobretudo aos jovens, Cristo,
como ‘a Palavra de verdade, pronunciada por Deus mesmo, como resposta a tantos
interrogativos do coração humano’. Aquela tão célebre frase de S. Agostinho:
‘criaste-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração não descansa enquanto não
repousa em Vós’, continua com atualidade na maior parte dos nossos jovens,
quando saudáveis e equilibrados. De facto, só quando entendemos o alcance do
mistério da nossa vida em condição terrena é que penetramos no sentido do
significado de Jesus ser Aquele que nos desvela plenamente o mistério do homem
e do mundo, ontem como hoje e por toda a eternidade!
* Conhecer em Jesus a plenitude da vida
Nunca como agora se mantém vivo e atual o desafio filosófico grego: ‘conhece-te
a ti mesmo’. Com efeito, uma razoável maioria das pessoas do nosso tempo
arrasta-se pelas vielas da vida, contentando-se com rebuscos de nada e
alimentando-se com pílulas algo preconceituosas em relação a Deus e aos temas
(ditos) religiosos. Por vezes, na análise que se vai fazendo dos jovens,
podemos considerá-los como cada um que deseja ‘ardentemente viver a vida na sua
plenitude’. Uma grande parte dos jovens ainda vive animada por grandes
esperanças, por tantos bons projetos para o futuro. Por isso, numa linguagem
cristã é importante não esquecer, inserindo tais desejos na perspetiva de que a
verdadeira plenitude da vida só se encontra em Cristo, morto e ressuscitado por
nós. De facto,‘ só Cristo é capaz de preencher até ao fim o espaço do coração
humano. Só Ele dá a força e a alegria de viver, e isto apesar de todos os
limites e obstáculos exteriores. De que adianta andarmos entretidos com tantas
minudências, se a nossa meta está no mais longe, no mais alto e no mais
essencial!
Breves notas:
- Qual o
significado de termos visto o Presidente da AR e o chefe do governo vestidos
com a t’shirt com o logotipo alusivo às JMJ2023: foi para animar ou para
desmotivar? Não valeria a pena considerar maior discrição do que suportar esta mistura?
- Que
dizer ao recurso, em meios católicos, para com certos ‘artistas’ do ‘stand-up
comedy’ Queremos que eles nos achincalhem ou damos-lhes protagonismo, quando
nos ridicularizam sem respeito mínimo?
- A quem
serve este ambiente rácio-fílico? Por que é que alguns negros se sentem tão
ofendidos, mas não respeitam quem os acolhe, antes alguns (‘democratas’) vão
apelando à luta (morte) contra o branco?
António Sílvio Couto
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