«A
cultura das redes sociais e as mudanças nas formas e estilos da
comunicação colocam sérios desafios àqueles que querem falar de
verdades e valores
(...) O desafio, que
as redes sociais têm de enfrentar, é o de serem verdadeiramente
abrangentes: então beneficiarão da plena participação dos fiéis
que desejam partilhar a Mensagem de Jesus e os valores da dignidade
humana que a sua doutrina promove»
.
Este
excerto da mensagem para o 47.º dia mundial das comunicações
sociais, que ocorre no próximo dia 12, tem por tema – ‘Redes
sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de
evangelização’.
Embora
tenha sido proposta já pelo Papa Bento XVI, no dia de São Francisco
de Sales (24 de janeiro), acolhemo-la com a mesma abertura e
novidade, pois a Igreja é una na sua doutrina...
Respigando
algumas das ideias do texto, tentaremos fazer a nossa leitura
narrativa e interpelativa.
=
Espaços de diálogo, de debate e de informação
«Estes
espaços [as redes sociais], quando bem e equilibradamente
valorizados, contribuem para favorecer formas de diálogo e debate
... A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira
comunicação».
Não
bastará dizer banalidades nem expor meras futilidades, mas temos de
congregar esforços e de partilhar ideias, onde a força humana e
espiritual esteja ao serviço dos valores... mais genuínos e
sinceros.
= Campo
de evangelização e meio evangelizador
«Os
fiéis dão-se conta cada vez mais de que, se a Boa Nova não for
dada a conhecer também no ambiente digital, poderá ficar fora do
alcance da experiência de muitos que consideram importante este
espaço existencial».
Dito
em linguagem simples e directa, poderemos fazer deste meio de
presença aos outros e dos outros como encontro de presença, espaços
de anúncio da mensagem actualizada de Jesus... Saber fazê-lo é uma
arte!
=
Utilização de novas linguagens
«No
ambiente digital, a palavra escrita aparece muitas vezes acompanhada
por imagens e sons. Uma comunicação eficaz, como as parábolas de
Jesus, necessita do envolvimento da imaginação e da sensibilidade
afectiva daqueles que queremos convidar para um encontro com o
mistério do amor de Deus. Aliás sabemos que a tradição cristã
sempre foi rica de sinais e símbolos: penso, por exemplo, na cruz,
nos ícones, nas imagens da Virgem Maria, no presépio, nos vitrais e
nos quadros das igrejas. Uma parte consistente do património
artístico da humanidade foi realizado por artistas e músicos que
procuraram exprimir as verdades da fé».
Os
espaços digitais são, hoje, como que as parábolas de Jesus no
Evangelho, ou as entendemos ou perdemos o que Ele nos quer dizer.
Afinal, só temos de aprender – humilde e continuamente – as
novas linguagens compreensíveis aos nossos contemporâneos...
propondo e não impondo!
=
Questões de sempre... com uma resposta eterna
«Para
aqueles que acolheram de coração aberto o dom da fé, a resposta
mais radical às questões do homem sobre o amor, a verdade e o
sentido da vida – questões estas que não estão de modo algum
ausentes das redes sociais – encontra-se na pessoa de Jesus
Cristo».
Ele
é a solução... mesmo que certas forças O tentem extirpar na vida
e da ética de tantos outros. A pessoa humana é a mesma, a forma de
responder é que pode (e deve) variar. Já aprendemos isto, em Igreja
católica?
=
Oportunidades de fé e de oração
«No
ambiente digital, existem redes sociais que oferecem ao homem actual
oportunidades de oração, meditação ou partilha da Palavra de
Deus. Mas estas redes podem também abrir as portas a outras
dimensões da fé».
Nada está
fora do coração de Deus. Temos de saber levar Deus aos outros e de
colocar os outros em Deus.
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