Pelo
muito que nos merece de respeito quem tenta estar ao serviço dos outros – sejam
os políticos de profissão, sejam os diversos profissionais altruístas, sejam
mesmo as diversas vocações de ajuda ao próximo – cremos e acreditamos que não podemos
incluir na mesma desconfiança quem procurar estar e fazer do seu modo de viver
a dimensão de presença aos outros.
= Neste contexto de ‘crise’ é recorrente vermos certos paladinos da desgraça a invectivarem quem tenta conduzir a sua vida pelo serviço: há figuras e figurões que se tentam esconder para dizer mal, mas nem com o dedo nínimo fazem seja o que for pela modificação das coisas em si nem à sua volta. Quem já viu algum partido ou associação da (dita) esquerda criar condições de minoramento dos mais pobres, não na teoria, mas na prática? Eles denunciam em alta-voz, mas pouco ou nada fazem... nem no mais recatado silêncio. A verborreia devia pagar imposto... agravado! Eles usufruem da contestação audível e barulhenta, mas pouco ou mesmo nada fazem pelo mínimo melhoramento das condições mais comprometidas e de mãos sujas no trabalho!
=
Bastaria que, num só dia, não fossem fornecidos os serviços das instituições
(com crianças, escolas ou mais velhos) da Igreja católica, em todo o país, e
seria criada uma multidão de não atendidos – talvez explorados por certas
forças (ditas) de esquerda, que nada fazem por eles, antes os exploram...
antes, durante e depois das votações – e quase tudo ficaria paralisado! De
fato, há muita gente ingrata e psicologicamente desconforme entre quem a ajuda
e quem a explora; quem, de verdade, faz algo por ela e quem a manipula; quem
faz o bem e quem pela maldade se insinua... e a insulta, intelectualmente.
= Pelos
tempos que vivemos e, tendo em conta as condições que viveremos em breve, é
preciso clamar bem alto que o povo não pode ser o bombo da festa de uns tantos arrogantes
‘intelectuais’ que nunca vemos a fazerem compras com o vulgo e nem temos visto
ainda os defensores do pretenso ‘serviço nacional de saúde’ a estarem nas salas
de espera dos hospitais e dos centros de saúde!
=
Pressente-se que o país está prestes a ser incendiado socialmente, assim se
pode inferir das declarações de vários políticos e mentores sociais. O clima de
crispação social está patente nas palavras de vários intervenientes na vida
pública, tendo a comunicação social um farto papel no ambiente que vivemos em
Portugal. Em breve veremos montras a serem estilhaçadas, roubos organizados em
locais de compras, distúrbios em grandes ou pequenas cidades. O rastilho está
quase a ser incendiado. Esperamos que os mentores e autores do que aí vem sejam
responsabilizados... mesmo criminalmente.
Talvez
até haja entre os protestantes (não tem nada a ver com a vertente religiosa)
quem nem tenha votado, mas agora se acha no direito de ajuntar-se à
contestação!... Para quando a mudança da lei, fazendo do voto algo obrigatório
para, assim, ser legítimo e legitimado quem é eleito?
Procuraremos
estar de mãos abertas e nunca de punho fechado, pois naquelas podemos dar e
receber e com este ficaremos mais revoltados, azedos e rezingões!
António Sílvio Couto
(asilviocouto@gmail.com)
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