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segunda-feira, 15 de julho de 2019

Sugestões desportivas…para equiparação de ‘género’


Tem sido uma luta ferozmente travada pelos setores que esgrimem razões para a equiparação de ‘género’. Este termo é tanto recente, quanto antigo, pois as línguas clássicas (particularmente latim e grego) incluíam na sua organização substancial três ‘géneros’: masculino, feminino e neutro… e este não é (era) a inutilização de nenhum dos anteriores, antes era referido, sobretudo, na referenciação às coisas ou seres inanimados…

Traçando ainda as linhas desta reflexão: a maior parte dos desportos de equipa – atendendo aos mais conhecidos/praticados e por ordem alfabética – constituem-se em número ímpar – andebol: sete em campo; basquetebol – cinco em jogo; futebol clássico – 11; futebol de salão (futsal) – seis; hóquei em patins: cinco; rugby – treze ou sete na modalidade ‘seven’; voleibol – seis…

Porque teremos de continuar a ter equipas masculinas e femininas? Não será mais correto incluir, sem exclusão os vários géneros, as ‘afirmações’ de ‘género’ com que somos tantas vezes matraqueados por certa comunicação social ‘arco-íris’? Os ronaldos e os messis, os neymares e as martas terão lugar em que equipa? Como seriam os contratos, até agora milionários? Haverá capacidade para incluir tudo isto sem entrarmos num ridículo mínimo, suficiente e razoável?   

Para que houvesse uma (pretensa) igualdade de género, as equipas deveriam ser constituídas por elementos dos diferentes géneros ou estaremos a ostracizar quem não seja incluído. Ora, atendendo à composição das equipas dos desportos citados algo teria de mudar, fazendo com que houvesse – ao menos elementos pares ou emparelhados – na sua composição… A reconfiguração teria (ou terá) algo de inovador, senão na ousadia ao menos nalguma patetice histórica, social e cultural!

Ainda faltaria ter em conta as cotas para os que não se asseguram (aceitam, afirmam ou reivindicam) nem como masculino nem como feminino, pois a possibilidade de virem a integrar uma qualquer modalidade é hipótese não-descartável…

Eis algo factual em que teremos de estar prevenidos para as mudanças que advirão desta pretendida equiparação de género, situada noutros campos de atividade, deixando sempre em aberto a possibilidade de haver quem queira fazer valer a sua categoria de género…diverso ou ocasional. 

= Muito mal vai uma civilização que se deixa conduzir pelas meras tendências sexuais, mesmo que devam ser respeitadas. Mal vai uma cultura que enfatiza a significação de uma pessoa não pela sua qualidade humana, intelectual e emocional, mas obedecida pelo (possível) divã de psicanálise e/ou enferma de preconceitos, de tabus e mesmo de traumas. Pior será ainda uma sociedade onde a diferença se faz suplantar à normalidade, desde a mais serena, séria e sensata até à mais inconformada, chamativa e (até) rebelde.

É pena que as paixões de uns tantos/as se pretendam impor àquilo que vai sendo a correta vivência da sexualidade ao nível pessoal, familiar e em sociedade. Não podemos permitir que os fantasmas saídos do armário venham a governar, a influenciar e a manipular a normal, objetiva e sensata convivência entre todos.

O respeito pela diferença tem de ser recíproco entre todos os intervenientes nesta como noutras questões, onde a sanha ideológica não se pode sobrepor à diferença de quem não é como aquilo que pretendem defender ou impor… Parece ser longo e árduo o caminho de todos!  

= Tal como noutras etapas da história da humanidade – rotuladas de crise ou de perda e/ou de inversão de valores – assim agora estamos a necessitar de algo que possa purificar este ambiente de morróida social agravada. Urge denunciar a ideologia de género que pouco mais quer do que ratificar as suas posições – seja qual for o sentido ou o estado…de saída ou de chegada – à força não da convicção, mas da coação. Com efeito, certos espetáculos de rua – nas ditas manifestações do ‘orgulho’ – deixam muito a suspeitar sobre a seriedade das intenções atuais e para o futuro. Efetivamente questões sérias não se tratam nem se cuidam com essas bandeiras arco-íris nem com o recurso a vestimentas de faz-de-conta…

Há problemas – digo de conhecimento – que não precisam de tais argumentações, mas de formas de acolhimento, de diálogo e mesmo de solução em que as pessoas possam ser tidas na sua individualidade, acrescentando e não diminuindo a valorização de cada pessoa, que precisa de escuta, de ajuda e de aceitação.

 

António Sílvio Couto

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