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domingo, 7 de abril de 2013

Em quem nunca votaria!


Neste momento complexo da nossa vida social e política como que bailam na minha mente múltiplas razões para que não possa nem deva votar em certas figuras, nuns tantos figurões e noutras diversos personagens... tenham eles a narrativa – idiossincrática e polissémica – com que nos queiram ludibriar ou confundir em tempos de campanha eleitoral e mesmo na hora da votação!

De facto, poderemos elencar algumas das vertentes pelas quais não podemos, em consciência – onde os valores cristãos nos enformam – dar qualquer assentimento a propostas para votação:

- por razões culturais e intelectuais, há forças político-partidárias e (consequentemente) os seus candidatos que não nos merecem o mínimo de confiança, sobretudo os que se encontram no eixo (ou será arco?) marxista, anárquico e populista, pois muito se diz e bastante pouco se faz;

- por razões éticas e cívicas, há propostas que se apresentam a eleição que nunca merecerão o mínimo de concordância e/ou aceitação se defenderem temas contra a vida, a família na perspectiva judaico-cristã ou a moralidade não personalista, na medida em que tendem a reduzir a pessoa a matéria sem alma nem espírito;

- por razões económico-financeiras, há sistemas que não nos merecem qualquer aceitação, sobretudo se tentam fazer da pessoa humana como que uma máquina sem direitos e com responsabilidades limitadas aos interesses materialistas dos proponentes, sejam de esquerda ou de direita, tenham a coloração que lhes quiserem conferir ou inseridos nalgum ’ismo’ – socialismo, comunismo, radicalismo, etc. – mais da moda em cada passo da história;

- por razões de mínima congruência, quando descobrimos que certos ataques aos outros não passam de manobra para disfarçar a incapacidade em fazer melhor ou pelo menos com maior respeito pelos demais... mesmo que sejam de rápido consumo e de efeito mais ou menos imediatista;

- por razões de salubridade mental, quando vemos uns tantos que se vendem às mordomias – tenham ou não a máscara de direitos ou se façam passar por muito democratas com mãos voltadas (quase sempre e só) para si mesmos – de circunstância, tais como regalias de imagem ou em fachada de vitória pírrica;

- por razões de exigência moral não poderemos concordar – e muito menos aceitar de ânimo leve ou com vulgar ligeireza – com quem se apresenta a votos tentando fazer dos outros (quais) fantoches de feira, pensando que se esqueceram das tropelias que armaram nos intervalos das votações, ostentando uma personagem, no mínimo, de dúbia consistência ou de pouco razoável equilíbrio e sanidade.

= Apesar de tudo, somos dos que vivem – moral, cívica e cristamente – a exigência de participar nas eleições, sejam elas de que natureza forem, mas não aceitamos meter no mesmo saco todos os projectos submetidos ao escrutínio popular, nem as figuras e os figurões apresentados... e tão pouco confundimos as forças ideológicas... por muito boazinhas que se pretendam insinuar em maré de serem sufragadas!

= Perante o panorama do país, cremos que não podemos andar a brincar às eleições, na medida em que não seja da nossa concordância quem quer que nos governe. Há tempo para rasgar, tempo para coser, tempo para consertar e tempo para prestar contas... Basta de vivermos nessa tal psicologia da máquina de bebidas – mete a moeda e sai logo a resposta – e neste afã de querermos a todo o custo remendar erros históricos, sociais e económicos, que uns tantos – desgraçadamente são sempre os mesmos de forma cíclica e até contumaz! – são especialistas em fazerem o pior sem participarem na real solução, antes agravando o problema, ontem e hoje!

= Num tempo em que a qualidade dos nossos chefes – poucos são, de facto, líderes – deixa muito a desejar, urge criar condições para que sejamos conduzidos por pessoas com estofo e visão que ultrapassem a conjuntura do seu perímetro físico e psicológico... apresentando, pelo contrário, novos horizontes, cuidando de que tenhamos a curto e médio prazo outros que sejam capazes de interpretarem com sabedoria, inteligência e ousadia o que é mais útil para o nosso futuro colectivo... Os vindouros merecem!

Unidos e com projectos altruístas havemos de conseguir criar uma sociedade portuguesa mais humana porque mais cristã. Podem contar com o nosso humilde contributo, votando em consciência e exigindo em conformidade!


António Sílvio Couto (asilviocouto@gmail.com)

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