Partilha de perspectivas... tanto quanto atualizadas.



terça-feira, 10 de junho de 2025

Parentalidade: autoritária, autoritativa ou gentil?

 



Nestas coisas da educação e da intervenção dos pais nesse processo vemos surgirem várias posições senão mesmo opiniões e correntes. Num tempo ainda em que se torna complicado conciliar a participação dos pais na educação dos filhos e/ou a delegação da mesma educação nas escolas, vemos que aparecem propostas que têm tanto de interessante quanto de desafiador. Desde logo o que é a parentalidade autoritária? Como funciona a parentalidade autoritativa? Como se entende ou como se diferencia ou se complementa a autoridade autoritativa com a parentalidade gentil?

1. Vejamos quais são os conceitos e como se podem implementar… ao menos teoricamente.

* A parentalidade autoritária é caracterizada por regras rígidas, exigências elevadas e pouco calor humano (porque “o mimo estraga”), tem sido objeto de estudo para compreender as situações do impacto no desenvolvimento infantil no sentido de autonomia e de independência da criança e das implicações duradouras na capacidade de uma criança afirmar a sua autonomia.

* O estilo parental autoritativo dá-se quando os pais são calorosos e sensíveis com seus filhos, mas, ao mesmo tempo, estabelecem limites usando reforços positivos e conversando com eles para evitar punições. A parentalidade autoritativa procura encontrar um equilíbrio entre estrutura e carinho.

* A parentalidade gentil, tal como a parentalidade 'autoritativa', realça a importância dos limites, mantendo o afeto e a empatia. No entanto, este conceito é aplicado de forma diversa em diferentes famílias.

2. Por diversas vezes se tem considerado a atual geração – ao nível geral e especificamente em Portugal – como a mais qualificada, isto é, a melhor preparada nas condições de instrução, no trato com as (novas, só para os mais velhos) tecnologias e mesmo no desenvolvimento de sensibilidades a temas relacionados com a ecologia, novos empregos baseados na linguagem da internet… e concomitantemente é a geração que adia os compromissos de vida, saindo da casa dos progenitores cada vez mais tarde, quase excluindo o compromisso de casamento ou de outra forma de vocação estável. Nem sempre os empregos correspondem às qualificações, a remuneração do trabalho fica aquém do esperado e da preparação profissional, muitas vezes têm de se sujeitar a uma de duas soluções: baixos salários ou emigrar para manter as expetativas de melhores e esperadas condições de vida…agora e no futuro.

3. Comparativamente com a geração anterior, ter uma profissão era uma garantia de estabilidade. Durante o ciclo de vida laboral com dificuldade se mudava de profissão. Quase havia a certeza de que se podia prever comedidamente o futuro e isso permitia constituir família. Agora vemos que a incerteza é a previsão mais do que normal. Urge, por isso, que não nos fiquemos em arquétipos ou imitações de outros, que nem sempre dão ao mesmo resultado em todos os casos. Como podem crescer na responsabilidade – sinal de maturidade humana e psicológica – os filhos que se acomodam – chamam-lhes ‘geração canguru’ – a ficarem na casa dos pais, mesmo que tendo emprego e vivam com os seus proventos pessoais? Será que participam nas despesas da casa e aprendem a gerirem as suas economias?

4. Os pais de hoje, por seu turno, nalguns casos, não querem dar aos filhos a educação rígida – dentro do quadro da parentalidade autoritária, que receberam – e ainda não descobriram como podem e devem ser, hoje, pais, sem deixarem de ser meros comparsas dos filhos e das filhas. Não deixa de ser algo quase anedótico que algumas mães fiquem elogiadas, quando lhes dizem que parecem irmãs das filhas! Não terá falhado nada na educação e na maturidade de todas?

5. Nalgumas situações cultiva-se a aparência exterior, tentando iludir a passagem dos anos, mas com facilidade se descobre que a mentalidade não se disfarça com retoques de gabinete de estética e, pretensa, beleza. Ser gentil com os filhos implica não esquecer, por parte dos pais, o tempo em que foram filhos, para que agora possam ser promotores da responsabilidade naqueles que lhes foram concedidos como filhos/as.


António Sílvio Couto



segunda-feira, 9 de junho de 2025

Transtorno ‘borderline’

 


O ‘transtorno de personalidade bordeline’ é a forma como uma pessoa se percebe ou compreende a si mesma, como lida com as emoções e como se relaciona com os outros. Caracteriza-se por um padrão persistente de instabilidade emocional, impulsividade e dificuldade em manter uma autoimagem consistente.
Vejamos, em resumo, como se manifestam estes vários itens nas pessoas com este ‘transtorno de personalidade bordeline’, tanto parcelar, quanto na totalidade:

* Instabilidade emocional: mudanças rápidas e extremas de humor, que podem variar de momentos de euforia a depressão, passando por raiva, ansiedade e medo.
* Impulsividade: dificuldade em controlar os impulsos, como gastar dinheiro descontroladamente, ter relações sexuais de risco, abusar de substâncias ou cometer atos de automutilação.
* Autoimagem instável: perceção de si mesmo que muda constantemente, podendo variar de momentos de extrema autoestima a momentos de autodepreciação.
* Problemas de relacionamento: dificuldade em manter relacionamentos estáveis e saudáveis, com medo de abandono e a tendência a se envolver em relacionamentos turbulentos.
* Medo de abandono: sentimento intenso de que as pessoas importantes em sua vida podem deixá-lo, o que pode levar a comportamentos extremos para evitar esse sentimento.

= Diante deste diagnóstico e tendo em conta as diversas caraterísticas, não haverá por aí muitas pessoas – na vida social, política, cultural ou religiosa – que sofrem deste transtorno psicológico-mental? Não deveríamos todos ser mais humildes e deixarmo-nos tratar deste transtorno (aceite ou presumido), aceitando as etapas terapêuticas e até medicamentosas? Se, por breves momentos, pararmos e virmos as atitudes, as palavras, os gestos e os comportamentos de certos políticos – ao perto como ao longe – não serão doentes deste transtorno? Certas ações religiosas – centradas mais no ritual e no tradicional – não andarão a roçar este transtorno, sem disso ainda se terem dado conta? Boa parte dos interventores na vida social – com os influencers à testa – e de um certo mundo da ‘nossa’ cultura – alicerçada na dimensão materialista da pessoa – não serão dos melhores cultivadores e difusores inconscientes deste transtorno? Dá a impressão que, mais pessoas do que julgam, precisam de atender ao seu estado psicológico-mental, deixando que os outros – sim, perante estas facetas de doença nem sempre o próprio é o melhor paciente – nos ajudem a enfrentar estas questões com verdade e com assumido desejo de sermos cuidados com lealdade e sinceridade.

= Segundo os especialistas nesta matéria, o ‘transtorno de personalidade borderline’ é tratado com uma combinação de psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos. A psicoterapia, como a ‘terapia dialética comportamental’ e a ‘terapia cognitivo-comportamental, é essencial para ajudar a pessoa a lidar com as dificuldades de regulação emocional, a controlar os impulsos, a melhorar as relações interpessoais e a reduzir comportamentos autodestrutivos. Medicamentos, como antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos, podem ser usados para ajudar a controlar sintomas como depressão, ansiedade, instabilidade de humor e impulsividade.



= Tendo em conta às circunstâncias em que todos, de uma forma ou de outra, andamos envolvidos, precisamos de atender a tantas prevenções que nos são feitas, pois a falta de serenidade da vida proporciona-nos o desenvolvimento de muitas das condições que fazem desencadear e desenvolver este transtorno ‘bordeline’. Em jeito de proposta deixo aqui a dita ‘oração da serenidade’, bem útil e benéfica em tantos momentos da nossa vida: «Concedei-me, Senhor a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar. Coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para conhecer a diferença entre elas. Vivendo um dia de cada vez, desfrutando um momento de cada vez, aceitando que as dificuldades constituem o caminho à paz, aceitando, como Ele aceitou este mundo tal como é, e não como eu queria que fosse, confiando que Ele acertará tudo contanto que eu me entregue à Sua vontade para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e supremamente feliz com Ele eternamente na próxima».



António Sílvio Couto

sábado, 7 de junho de 2025

‘Sardinhas ao prato’!


 A sabedoria popular é rica em recursos com questões ligadas à comida, criando adágios subtis e de grande riqueza cultural. Ora, neste tempo em que a sardinha vai passar a ser pitéu muito degustado, recorro à expressão: ‘sardinhas ao prato’ para tentar falar do modo como devemos tratar assuntos que foram (ou podem ter sido) malcuidados anteriormente.

1. Explicando a expressão: sardinhas ao prato.
Antes de querer significar que colocamos a sardinha no prato, depois de a termos tratado com mais cuidado do que os outros, numa certa esperteza, daqui adviria dessa outra expressão - ‘puxar a brasa à sua sardinha’, como forma de cada pessoa colocar a sua sardinha mais perto das brasas para assim assar mais rápido, isto é, defendendo os seus interesses sobrepondo-se aos outros... A exclamação – ‘sardinha ao prato’ quer reclamar que o assunto, que estava quase resolvido, tem de voltar a ser tratado, como que refazendo a divisão das sardinhas já distribuídas... Deste modo as prioridades na distribuição têm de ser retomadas, revistas ou conjugadas porque algo aconteceu que atrapalhou a correta distribuição das sardinhas que estavam no prato...

2. Saindo da etapa culinária desta abordagem do tema e tentando ver as questões no âmbito da revisão de critérios e dentro da prossecução das finalidades que podem ter sido menos bem aferidas, poderemos considerar que repor as ‘sardinhas no prato’ faz-nos: situar na vivência da justiça entre as pessoas e nos grupos; apurar as perspetivas de todos e não só de alguns, possivelmente mais espertos no trato com os outros; gerar humildade para reconhecer que houve algo de errado e isso ainda se pode recompor a contento de todos; gerar, que é muito mais do que gerir, confiança de todos em todos, sem prejuízo de ninguém; proporcionar novas discussões, onde todos possam ser atendidos e não somente uns tantos mais lestos no açambarcar, mesmo que possa não ser comida.

3. Consta que no recente apagão de eletricidade, a 28 de abril, se verificou uma corrida desenfreada aos bens de consumo, com pessoas a comprarem avidamente mas que, no dia seguinte, retomada alguma da normalidade, pretendiam devolver os bens adquiridos em excesso. Claro que aqui está um exemplo de má gestão dos recursos e, pior, de desrespeito pelos outros concidadãos, certamente também necessitados dos mesmos bens. Deste modo se viu a má qualidade e a pior falta de educação de um povo, que se remedeia sem atender aos outros.

4. A educação de um povo não se mede nem avalia pela instrução auferida e tão pouco pelos cursos dados e/recebidos, mas pela atenção aos outros e à resolução dos seus problemas, desde os mais simples e rotineiros até aos mais complexos e sinergéticos. Aqui poderemos considerar se o sucesso do ‘banco alimentar contra a fome’ revela um país educado para a solidariedade ou se uma nação mais atenta aos seus interesses, mesmo que disfarçando a ‘esmola’ para os outros... Como tantas vezes se ouve: hoje por eles e para eles, amanhã poderá ser preciso para mim…

5. A arte e o engenho de tantos projetos já realizados precisa de contar com a nossa bonomia mais ou menos disfarçada de precaver os insucessos futuros, tentando semear no tempo de abundância relativa. Somos ainda uma população nacional a ritmos de desenvolvimento humano, social, económico e cultural muito díspares, onde coexistem situações de esbanjamento e casos de clamorosa miséria... às vezes na mesma rua, prédio ou freguesia. Precisamos de atender a que poderá acontecer que nem todos tenham sardinhas no prato e outros lançam-nas para o lixo por desrespeito pelos mais pobres.





António Sílvio Couto

segunda-feira, 2 de junho de 2025

A ventura do almirante

 

Estamos a viver tempos confusos na nossa vida política em geral e naquilo que tem a ver com os órgãos decisores da frágil democracia em que vivemos: quase do nada um partido subiu de um deputado para sessenta, em seis anos (de 2019 a 2025) e perfila-se na linha de partida – tantos anos depois – um militar da marinha para ocupar a cadeira de Belém. Num país em convulsão temos dois dados – objetivos e racionais – que nos obrigam a parar e a questionar o caminho por onde vamos e, sobretudo, com quem vamos...que é muito mais do que ser levado na onda.

1. Depois de anos e de décadas de alguma rotina entre os campos ideológicos, numa quase alternância entre uns e outros – da esquerda à direita e vice-versa – foi introduzida, a partir de 18 de maio deste ano, uma nova componente ao bipartidarismo, não que seja uma diferença ideológica, mas antes uma outra variante mais radical com sabor a populismo de direita. Um partido unipessoal – é o chefe e pouco mais de valor – surgiu e vingou no quadro eleitoral, tanto dentro como fora do país. Se bem que muitos tentem encontrar as consequências daquela votação, talvez fosse urgente, e porque não mesmo necessário, descobrir as causas desta mudança e de adesão de um terço dos eleitores, cerca de um milhão e meio de votos registados.

2. No campo das eleições presidenciais emergiu uma figura – desfardado, embora com galões por ter sido usufrutuário do regime – que tem tanto de subtil quanto de enigmática: arrastou-se para sair do casulo e foi jogando com as sombras de quem o podia apoiar ou de descontentes com o sistema, à semelhança das simpatias para com o tal partido unipessoal... Um e outro apresentam-se contra o ‘esquema’ (eleitoral, social, político, partidário e quase económico), mesmo que usando as mesmas armas, que tanto combatem e contestam. Do panorama da apresentação da candidatura ficou a pálida ideia de que mudar o regime, embora mais pareça um ‘cavalo de tróia’ mal arreado e com pontas soltas da desejada âncora de amarração... Dado que o aparecimento se deu no dia seguinte ao feriado de maio de 26, notou-se na voz a saudade de outro grande almirante defunto… Vemos emergirem certas figuras de antanho – quais ressabiados de outras ideologias – para acolitarem o almirante!

3. Novamente está a comunicação social (bem como as ‘redes sociais’) a incorrer na mesma mazela que projetou o ‘partido unipessoal’ às glórias da ascensão: falar – mesmo que de forma crítica – é a melhor propaganda, barata, eficiente e assaz indecente. É preciso que aprendam a tratar com implantados nas horas de maior visibilidade: à mais pequena cedilha (esta poderá ser a denominação das excrescências dos pardais) ei-los na crista da notícia, mesmo que fosse para dizerem mal, o que importava era aparecer... O Almirante tem outras referências das ‘suas’ gaivotas agoirentas e usá-las-á para não sair da pantalha... ele ou os seus sequazes. Aprendam e corrijam o tiro sem nexo nem causalidade!

4. Há coisas que exigem explicação: foi porque cumpriu a tarefa – militar e de serviço público – que o almirante tem de ser elevado à cátedra de Belém? Outros que cumpriram a sua missão têm idêntico reconhecimento? Tantos anónimos que deram a vida pelos outros não merecem que o país lhes agradeça? Como entidade do meio castrense não passa de um elo da cadeia, nunca a cúpula sem base...

5. As duas figuras que temos estado a referenciar estão bem um para o outro: um parece ser democrata e outro não disfarça as suas origens (como agora se diz) de autocrata, não fosse ele militar, a ser obedecido quase acriticamente em hierarquia. O país não será um quartel e tão-pouco um submarino em maré de exercício. De forma idêntica não poderemos permitir que façam de nós uma espécie de manipulados por quem fala-sem-pensar e/ou que julga pensar depois de falar. Já é tempo de acordarmos para o mal feito e de nos prevenirmos para o que poderá acontecer se dormirmos embalados pela conversa de que será um ‘presidente diferente’...De quem falava de mais, iremos ter quem fala de menos?


António Sílvio Couto

‘É sempre assim ou só quando está de farda?’

Esta frase pensei-a muitas vezes, quando via o comportamento de um certo element das forças de segurança, que se tornava arrogante e intransigente – nas regras de trânsito – para com toda a população, inclusivé para com os da sua família: multava a torno-e-a-direito tudo e todos sem apelação.

Já nessa ocasião considerava que correria risco de ter problemas com tal ‘autoridade’, podendo mesmo vir a ser detido, dependendo da interpretação do interlocutor. Por isso, agora deixo uma breve reflexão para com tantos ‘fardados’ – e não são só elementos policiais, mas também tantos outros que parecem assumir outra personalidade fora da sua condição civil…

1. Será que a ‘farda’ confere outra personalidade a quem a veste? A dita farda terá simbolicamente a capacidade de alterar a personalidade de quem dela se reveste? Não será que as ‘profissões’, que são exercidas sob a tutela de alguma farda, levam quem a assume esse ‘algo’ que ultrapassa a personagem por ela assumida? Talvez estas deambulações possam confundir quem exerce a sua profissão tendo de usar alguma forma de farda. No entanto, podemos e devemos ser capazes de saber discernir o alcance mais profundo e com implicações sociais dessa identificação para que isso não condicione nem atrapalhe o que somos e como vivemos…

2. Antes de mais convém considerar que quem é (ou pensa que é) superior, ostentando uma farda pode, mesmo sem disso ter total consciência, apresentar a propensão de abuso de autoridade. Cada vez mais vão surgindo casos em que os subalternos apresentam queixa por abuso de poder ou mesmo por exercício de abuso emocional, psicológico… podendo até verificarem-se casos de assédio em razão da farda usada. Estas formas de abuso ou assédio revestem várias formas, desde as verbais, passando pelas físicas ou até de índole moral/ético.

3. Há, no entanto, no espetro nacional, outras figuras que, em razão de terem usado farda, quase se apresentam como personalidades titulares de mais regalias do que o comum dos cidadãos. Para tal até ser servem de ações de índole cívica, mas que os aureola de personagens pretensamente superiores: só porque cumpriram o seu dever – mesmo militar – já olham os outros da sua altivez sobranceira… E não é que uns tantos papalvos vão na cantiga, com se fossem arregimentados pela descrença reinante sobre os agentes politicos e que são catapultados pela pretensão de sairem do anonimato ou do limbo a que foram votados pelos correlegionários de antanho… De novo sou levado a questionar: é sempre assim ou só quando usava e se aproveita da farda?

4. Se há questão que me desagrada, senão mesmo que abjure, é essa de haver pessoas que usam a farda – seja beca, batina, seja bata com estetoscópio ou mera referência de receção – para aviltarem os que precisam de algum serviço e que possa ser triado porque quem ostenta tal superioridade. Embora não tenha muitas nem más experiências de tais pessoas, considero uma ofensa aos demais cidadãos que sejam obrigados a prestar vassalagem a quem ofende os mais vulneráveis.

5. Em tempos ouvi a um militar (padre) de alta-patente dizer a um outro oficial do mesmo ramo: ‘aqui dentro o senhor é respeitado pelos galões que apresenta, mas lá fora, sem farda, não impóe mais respeito… do que eu que sou sempre a mesma pessoa, esteja onde estiver’… Aprendi a lição e tento ser o mesmo com ou sem indumentária de vocação, que não de mera profissão!



António Sílvio Couto